Acostumado a bater recordes na Fórmula 1, o heptacampeão Michael Schumacher pode igualar a última marca significativa de Ayrton Senna na categoria se ganhar neste domingo (16) e se tornar o maior vencedor do GP de Mônaco, o mais tradicional da F-1, empatado com o brasileiro.
Senna ganhou seis vezes a prova, em apenas dez participações. Na estreia, em 1984, pela Toleman, ficou na segunda posição, em uma corrida interrompida pela chuva e vencida por Alain Prost, da McLaren.
Em 1987, Senna ganhou pela primeira vez, na Lotus; depois, conquistou cinco triunfos consecutivos pela McLaren, entre 1989 e 1993 - sua última participação.
Já Schumacher correu 16 vezes em Mônaco, mas ganhou apenas cinco provas, em 1994, 1995 (ambas pela Benetton), 1997, 1999 e 2001 (as três pela Ferrari), o que mostra que a supremacia do alemão em outras pistas, nos anos em que dominou a F-1 com a escuderia italiana, não se repetiu em Monte Carlo.
Agora, de volta à categoria pela Mercedes, tem novamente a chance de empatar em vitórias com seu ídolo, que morreu em um acidente no GP de San Marino de 1994. Mas a tarefa não será fácil: até agora, o melhor resultado de Schumacher no ano foi o quarto lugar na última corrida, na Espanha.
O primeiro grande vencedor do principado foi o inglês Graham Hill, que conquistou cinco vitórias em Monte Carlo, em 18 participações entre 1958 e 1975, e recebeu o apelido de "Mister Monaco". Seu recorde só foi superado por Ayrton Senna, mais de 20 anos depois.
Poles
Em 2006, Schumacher igualou e posteriormente bateu outro grande recorde que Senna ainda detinha na F-1: maior número de pole positions. O brasileiro saiu do primeiro lugar do grid por 65 vezes, marca que Schumacher superou no GP de San Marino daquele ano. Hoje, o alemão tem 68 poles no currículo.
O aproveitamento de Senna, no entanto, é bem maior, já que o brasileiro disputou apenas 162 corridas na F-1, contra 255 do alemão. Ou seja, o brasileiro saiu na pole em 40% dos GPs que correu - a marca de Schumacher é de "apenas" 26%.