O presidente em exercício do Santos, Orlando Rollo, explicou em entrevista virtual à imprensa no início da tarde desta quarta-feira a suspensão do contrato de Robinho na última semana. Informações do site GloboEsportes.com
A decisão se deu depois da pressão de conselheiros, patrocinadores e a revelação, pelo ge, de trechos da sentença da Justiça italiana que condenou Robinho e um amigo em primeira instância a nove anos de prisão por violência sexual de grupo contra uma jovem albanesa.
Na entrevista, Rollo explicou a decisão do Santos e disse abominar qualquer tipo de violência contra as mulheres. O dirigente pediu mais tolerância com o jogador, mas admitiu que os áudios são gravíssimos e revelou que pedirá a rescisão do contrato se ele for condenado em segunda instância.
– Decidimos uma licença do contrato para que o atleta possa se defender no processo que responde na Itália. Não vou entrar no mérito se é culpado, inocente. Não sou ninguém para julgá-lo. Ele tem de ser julgado pelo juiz na Itália. Temos de apedrejar menos e ter mais tolerância. Eu já fiz muito, na minha carreira, porque sou policial. Eu abomino o crime de estupro. Abomino qualquer tipo de violência, qualquer tipo de violência sobre as mulheres.
– Nos meus 18 anos de polícia, já prendi dezenas de estupradores. Já investiguei dezenas de estupradores. Já levei à condenação dezenas de estupradores. Então, eu efetivamente luto contra esse crime, inclusive um caso que ficou muito conhecido em Santos, o do Maníaco do Ônibus, que atacava mulheres nos ônibus, fui eu que prendi. Podemos estar diante de um novo caso da Escola de Base – disse o presidente.
O vínculo com Robinho era válido por cinco meses e, de acordo com Rollo, será discutido em reunião do Conselho Deliberativo na noite desta quarta-feira.
– Já formalizamos ao Conselho Deliberativo essa licença do contrato do Robinho. Se o Robinho vier a ser absolvido em segunda instância, não vejo problema nenhum em voltar. Se for condenado, vamos pedir a rescisão do contrato – disse o presidente.