As duas derrotas consecutivas nas últimas rodadas do Brasileiro ainda não serviram para extinguir o discurso otimista no Santos de que o título deste Campeonato Brasileiro ainda é possível. O argumento para manter a esperança é o número de jogos atrasados que o clube praiano tem para disputar são duas partidas a menos em relação à maioria dos times à sua frente na classificação.
Hoje, contra o Grêmio, em Porto Alegre, a equipe de Muricy Ramalho faz o primeiro desses dois jogos. Uma derrota pode enterrar de vez o sonho de vencer o Brasileiro.
"Ninguém jogou a toalha, e essas duas derrotas dificultam para qualquer equipe", disse o centroavante Borges.
"Mas quem sabe a gente não consegue uma vitória quarta-feira [hoje] e nos reaproximamos dos líderes?", completou o artilheiro do campeonato, com 19 gols.
Bater o Grêmio, em partida válida pela 11ª rodada e adiada por conta da convocação de Elano, Neymar e Paulo Henrique Ganso para a Copa América os dois últimos indisponíveis para o confronto no Olímpico, significa diminuir para 12 pontos a diferença para o líder Vasco.
Distância ainda longa a percorrer nos 12 jogos que restarão no campeonato um deles contra o Botafogo, em outro duelo remarcado a pedido do Santos, este para o dia 19, na Vila Belmiro.
Para a partida de hoje, Muricy ainda terá que resolver problemas: as faltas de Neymar, na seleção, e Ganso, ainda machucado, e as falhas de sua defesa, a quinta pior neste Brasileiro, com 40 gols sofridos (média de 1,6 por partida), e vazada oito vezes só nos quatro últimos duelos.
O técnico pode tentar sanar as duas dificuldades em uma mudança: a entrada do volante Adriano para proteger a zaga, o que implicaria na escalação de apenas dois atacantes, um a menos do que tem sido utilizado quando Neymar está disponível.
Porém o meia Elano, um dos mais experientes do time, não crê que a entrada de mais um jogador de contenção possa minimizar as falhas.
"O Adriano é importante e mostrou isso na Libertadores. Mas vamos arrumar a nossa defesa coletivamente."
"É um problema que começa lá na frente. Não adianta reclamar da defesa, mudar o setor. Todos são culpados. E eu me incluo nisso", afirmou.