A julgar pelo que foi visto no Mineir?o nesta quarta-feira, a popularidade do t?cnico Dunga no comando da sele??o brasileira est? bastante arranhada. Apesar de empatar em 0 a 0 com a arqui-rival Argentina, o treinador ouviu toda a sorte de gritos hostis, pedindo sua sa?da. Este foi o terceiro jogo seguido sem vit?ria da sele??o (havia perdido para Venezuela e Paraguai).
Com o resultado, a sele??o brasileira subiu para o quarto lugar nas eliminat?rias sul-americanas, com nove pontos - a Argentina est? em segundo lugar, com 11 pontos, dois a menos que o l?der Paraguai. Mas h? um por?m. Nesta quinta-feira, a Venezuela recebe o Chile em Puerto La Cruz, ?s 21h30m (hor?rio de Bras?lia), para encerrar a rodada. Como as duas sele?es est?o com sete pontos ganhos, qualquer uma que ven?a passar? o Brasil na tabela - s? o empate interessa ? sele??o de Dunga, que s? volta a campo nas eliminat?rias no dia 6 ou 7 de setembro, fora de casa, contra o Chile.
Tens?o e gols perdidos
O t?cnico Dunga, que come?ou a ouvir vaias da torcida quando teve seu nome anunciado no Mineir?o, foi a campo apostando em Adriano no ataque na vaga de Luis Fabiano. No meio, Anderson e Julio Baptista ocuparam as vagas de Josu? e Diego.
Anderson pareceu nervoso enquanto esteve em campo. O jogador do Manchester United errou muitos passes e saiu aos 33 minutos do primeiro tempo, sentindo dores no joelho esquerdo. Diego entrou. Os demais jogadores de meio tamb?m erraram muitos passes durante a primeira etapa. Mineiro perdeu mais bolas do que costuma no meio.
A primeira etapa acabou por ser equilibrada. O Brasil criou duas grandes chances, com Julio Baptista e Robinho, mas a Argentina respondeu com Messi. A torcida mineira, apreensiva, n?o gritou muito durante a primeira etapa. Adriano teve o nome cantado em coro depois de voltar para ajudar a defesa.
A primeira grande chance do Brasil aconteceu aos 22 minutos. Ap?s chute de Robinho da direita, a bola espirrou e sobrou limpa para Julio Baptista. O camisa 10 chutou exatamente em cima do goleiro Abbondanzieri, que fez grande defesa e ainda correu atr?s do rebote para agarrar em definitivo.
Logo depois, Robinho recebeu lan?amento no lado esquerdo do ataque, driblou o goleiro Abbondanzieri rente ? linha de fundo e partiu para dentro da ?rea. O atacante, entretanto, n?o conseguiu chutar ao gol ou passar a bola para Adriano, que entrava pelo meio da ?rea. Cercado de argentinos, acabou perdendo a bola.
Os hermanos respeitaram a sele??o e n?o criaram muitas chances no primeiro tempo. Com o grandalh?o Cruz como refer?ncia e Gutierrez na ala esquerda (uma surpresa), a Argentina foi bem na marca??o, por?m um tanto t?mida no ataque. Teve duas boas oportunidades no primeiro tempo. Na primeira, Julio Cruz entrou nas costas de Juan e cabeceou nas m?os de J?lio C?sar. Depois, Messi penetrou livre na ?rea, por tr?s de L?cio, e bateu muito mal, longe do gol.
Show no intervalo e vaias
Como costuma fazer, a Argentina demorou para voltar para o segundo tempo. As duas equipes n?o sofreram altera?es. Depois de assistir ao show do Skank no intervalo, a torcida mineira se inflamou e gritou forte. Em campo, Adriano por pouco n?o acertou passe para Robinho na ?rea. Abbondanzieri saiu bem do gol e agarrou.
A Argentina respondeu com Messi, que avan?ou pela direita e foi derrubado por tr?s por Juan. O brasileiro merecia levar o segundo cart?o amarelo, o que resultaria em sua expuls?o, mas o ?rbitro Oscar Ruiz aliviou.
Aos poucos, os agentinos cresceram na partida e ficaram mais perto de abrir o placar. Julio Cruz recebeu bola limpa dentro da ?rea, aos 11 minutos, mas bateu mal, por cima do gol de J?lio C?sar.
Na base da ra?a, a sele??o equilibrou as a?es. Apesar de n?o conseguir grandes finaliza?es, o Brasil apertou a Argentina na defesa. Os hermanos passaram a parar as jogadas com falta. Os volantes Gago e Mascherano levaram cart?es amarelos quase que um ap?s o outro.
As duas sele?es res