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Respostas em português, espanhol e até italiano. Nos últimos dias, a internacionalização da seleção brasileira ficou evidente. O técnico Dunga e os jogadores que atuam na Europa se depararam com jornalistas de diferentes lugares e protagonizaram entrevistas curiosas. Foram idiomas trocados e termos poucos usuais no Brasil, mas comuns na Europa.
Foi o caso de Daniel Alves. Ainda na segunda-feira, na apresentação no Rio de Janeiro, o lateral-direito do Barcelona mesclou espanhol e português em entrevista a jornalistas brasileiros. Disse que pretende aproveitar a "estância" com a seleção brasileira para se firmar na equipe. Queria, no português comum, valorizar a estada com o time nacional.
Também jogando no futebol espanhol, Luís Fabiano foi outro a misturar os dois idiomas. Questionado sobre o frio que fazia em Teresópolis durante a semana, o atacante do Sevilla garantiu estar adaptado aos "cambios" de temperatura, referindo-se à mudança climática, já que na Europa está começando o verão.
Mas assim como fizeram pequenas confusões ao falar em português, os dois jogadores mostraram adaptação ao espanhol. Daniel Alves e Luís Fabiano entenderam perfeitamente e se expressaram bem no espanhol em entrevistas a europeus e uruguaios. "Uruguay es un equipo muy peligroso", advertiu o atacante sobre o adversário deste sábado.
O italiano também foi ouvido nas entrevistas da seleção brasileira. E o exemplo veio de cima. Dunga atendeu um jornalista da Itália em entrevista coletiva e mostrou que os seis anos que passou no futebol italiano foram úteis também culturalmente.
Desde 2005 na Itália, Júlio César seguiu o comandante e não titubeou quando questionado no idioma do país europeu. O goleiro da Internazionale de Milão foi desenvolto e argumentou rapidamente resposta a jornalista italiano.
Também houve quem não abriu mão do bom português. O capitão Lúcio foi um deles. Perguntado por um jornalista uruguaio se falava espanhol, o zagueiro da seleção respondeu: "vou falar em português mesmo". E assim o fez.
A partir da próxima semana, a tendência é que os jogadores também tenham que praticar o inglês. Afinal, depois do jogo diante do Paraguai, em Recife, a equipe viaja para a África do Sul, sede da Copa das Confederações. No país africano, o inglês é o mais falado na vida pública, mas são 11 línguas oficiais e oito não-oficiais. Se algum jogador se arriscar no zulu ou no africâner, por exemplo, será uma grande surpresa.
No inglês, a ajuda pode ser dada por André Santos. O pai do lateral-esquerdo é professor de inglês e já deu umas aulas ao filho corintiano. "O meu inglês não está tão bom quanto eu queria, mas vou aproveitar esses dias com a seleção para estudar um pouco."