Mesmo jogando os Jogos Pan-Americanos com um time praticamente reserva e sem o técnico Bernardinho no banco, a Seleção Brasileira masculina de vôlei não tomou conhecimento de Cuba e levou a medalha de ouro por 3 sets a 1, parciais de 25/11, 24/26, 25/18 e 25/19. Usando a principal "arma" da equipe cubana, que são os potentes saques e ataques, o time do treinador Rubinho acabou com a recepção dos rivais para se sagrar campeão do evento.
A partida foi uma reedição da final do Mundial, realizado no ano passado na Itália, quando a equipe verde e amarela atropelou os caribenhos. Mesmo com apenas dois titulares daquela conquista (o levantador Bruninho e o líbero Mário Junior), o pouco experiente time brasileiro não se intimidou com os ataques de Leon e Hernandez.
O Brasil começou o jogo com boa recepção e conseguindo diminuir a potência dos cubanos no bloqueio. Se de um lado, os cubanos Leon e Hernandez davam trabalho no saque, a Seleção Brasileira tinha Wallace para desequilibrar no serviço. Mesclando saques potentes com flutuantes, o oposto quebrou a recepção dos caribenhos e a equipe nacional abriu 10 a 3.
Totalmente focada e vibrante, a Seleção Brasileira não tomava conhecimento do rival, o que deixava principalmente Hernandez descontrolado. A equipe dirigida por Rubinho via principalmente no ponteiro Lipe, mais conhecido como Chupita, e em Wallace os pontos de desequilíbrio e fechou a parcial por esmagadores 25 a 11.
No segundo set, a equipe cubana voltou bem mais focada e não dando muitas chances para a Seleção na recepção. Em uma bela cortada de Bell, os caribenhos foram para primeira parada técnica com 8 a 6 no marcador. Com a torcida a favor, assim como aconteceu na final do feminino, os cubanos se inflamavam a cada ponto marcado.
O jogo seguia quente, com diversas reclamações das duas equipes com a arbitragem, porém Cuba chegou para a segunda parada técnica com a mesma vantagem da primeira: 16 a 14, depois de um ataque na paralela de Mesa. Rubinho então promoveu a inversão das posições de oposto e levantador, colocando Wallace Martins no lugar de Bruninho e Murilo Radke no lugar de Wallace.
A alteração deu resultado, principalmente quando o ponteiro Thiago Alves foi para o saque. Conseguindo quebrar a recepção cubana, que passou a cometer erros bobos de ataque, o Brasil passou a frente do marcador em uma cortada de Wallace Martins, explorando o bloqueio triplo dos cubanos: 23 a 22.
Porém, Cuba voltou a passar na frente em uma cortada de Mesa, que chegou a se confundir e achou que o set já tinha terminado quando o placar marcava 25 a 24. Não demorou muito para os cubanos fecharem de verdade. Depois de um erro de recepção do Brasil, a bola passou para o lado dos caribenhos e Leon não perdoou, fechando em 26 a 24.
O terceiro set começou mais parelho, com a Seleção só conseguindo abrir uma vantagem de dois pontos quando Thiago Alves voltou a desempenhar bom papel no saque. Em um erro de serviço de Bell, a equipe verde e amarela foi para a primeira parada técnica com 8 a 6. Aos poucos, o Brasil foi conseguindo dominar a parcial.
Primeiro em um saque de Gustavo e um ataque de Chupita, que fez o time abrir três pontos. Depois com a inversão de levantador e oposto novamente, na qual com Murilo no saque e Wallace Martins no ataque, a equipe de Rubinho abriu cinco pontos. E foi em um ataque potente do oposto reserva que a Seleção fechou o terceiro set: 25 a 18.
A vitória no terceiro set abateu o time cubano. Regular no saque e nos contra-ataques, o Brasil conseguiu evitar qualquer surpresa por parte dos cubanos ao obter uma boa vantagem de cinco pontos (17 a 12). A diferença no marcador dificultou o trabalho do time caribenho, que não conseguiu encontrar o ritmo ideal para quebrar o passe da equipe verde-amarela no momento decisivo do jogo.
Dominante, a Seleção Brasileira conseguiu controlar a partida, situação que refletiu no semblante dos jogadores cubanos. Assim, com ótimo trabalho de saque e bloqueio na parte final do encontro, o time verde-amarelo fechou o encontro em 25 a 19 e o jogo em 3 a 1. Ouro para a equipe comandada por Rubinho.