A eliminação da briga pelo ouro abalou emocionalmente a seleção feminina de futebol. Mas as lamentações foram contidas e é hora de levantar a cabeça para lutar pelo que resta: o bronze da Rio-2016, que será disputado nesta sexta-feira, às 13h, contra o Canadá, na Arena Corinthians, em São Paulo.
— Estávamos em uma ressaca de desclassificação muito grande, todo mundo estava frustrado — contou o técnico Vadão, que apostou no papo para levantar o moral das suas jogadores: — Já percebemos uma reação boa. O espírito está renovado.
E o treinador não despreza o valor de um bronze. Segundo ele, a missão agora é ajudar o Brasil a melhorar seu resultado nos Jogos:
— Na primeira fase, ficamos na Vila Olímpica, com atletas de todos os esportes. Cada um era o melhor do seu país e estava ali para conquistar sua medalha. Temos que pensar nisso e em ajudar o Brasil no quadro geral.
Contra as canadenses, a seleção deverá ter Cristiane desde o começo. Ainda na primeira fase, ela havia sofrido uma lesão na coxa esquerda e virado desfalque. Na semifinal contra a Suécia, terça-feira, já tinha condições de jogo, mas foi lançada por Vadão apenas na prorrogação. Apesar de ter desperdiçado sua cobrança de pênalti na partida, Cristiane — maior artilheira da história das Olimpíadas, com 14 gols — é uma das esperanças para dar fim à seca da equipe, que não marca com a bola rolando há três jogos.
Se vencer o Canadá, a seleção voltará a ser premiada, após passar em branco em Londres-2012. Seria a terceira medalha das mulheres, que levaram a prata em Atenas-2004 e Pequim-2008.
— O ouro passou. Ser medalhista também é importante — disse a atacante Bia.
Suécia e Alemanha brigam pelo topo do pódio nesta sexta-feira, às 17h30m, no Maracanã.