A seleção brasileira entrará em campo neste sábado, contra o Panamá, com uma equipe de 25,3 anos de média de idade. A quem reclama renovação depois da Copa do Mundo, são três anos e meio a menos em relação à formação inicial eliminada pela Bélgica, nas quartas de final.
O desafio dessa Seleção mais jovem será provar, com desempenho, que pode ser mantida ao enfrentar adversários mais parrudos. Desde a eliminação na Rússia, Tite tem alternado bastante seus titulares. Diante do fragílimo time de El Salvador, escalou um time com 25,2 anos em média, o mais jovem no período pós-Copa.
Nos clássicos contra Argentina e Uruguai, entretanto, o técnico recorreu a jogadores mais experientes e elevou a estatística para 26,5 e 27,2. Agora, volta a rejuvenescer a Seleção.
Não tem a ver apenas com a potência do adversário. Tite entendia que precisava oferecer aos seus antigos protagonistas pelo menos uma oportunidade depois da Copa. Agora, está na fase de se desgarrar daqueles que entraram em curva descendente e apostar numa mescla de experientes que ainda rendem e jovens talentosos.
Contra o Panamá, o Brasil terá quatro titulares com no máximo 22 anos: Militão, Paquetá e Richarlison (21), e Arthur (22). O mais velho será Miranda, de 34.
– São jovens com grande potencial e condições de estar na seleção brasileira. Eles são cobrados nos jogos e nos treinos como jogadores de Seleção, independentemente de ser a primeira ou centésima vez aqui. A cobrança é muito grande dos mais experientes e dos mais jovens. Cobramos alto nível nos treinamentos, no jogo, para acrescentarem cada vez mais e mostrarem qualidade – assegurou Miranda, ao lado de Richarlison, que tinha apenas nove anos de idade quando o zagueiro foi campeão brasileiro pela primeira vez, no São Paulo, em 2006.
Pedro Martins/Mowa Press
Na próxima terça-feira, a tendência é que Tite mexa na equipe, sobretudo no setor defensivo. É provável que ela fique um tantinho mais velha. Nos próximos meses, jogadores como Filipe Luís e Fernandinho também podem voltar para que o grupo da Copa América suporte melhor a pressão de ser campeão dentro de casa.
Mas a equipe jovem deste sábado é a que mais se aproxima do que a comissão técnica imagina para o futuro.