O Estadual que começou com equipes ameaçadas de não jogar pela falta de laudos dos estádios chega à reta final com uma confusão generalizada, no primeiro dia de venda de ingressos para a decisão entre Vasco e Botafogo. Os torcedores, que formaram filas desde a noite de terça-feira, enfrentaram na quarta uma via-crúcis — com direito a spray de pimenta da PM — na busca por entradas.
O tumulto no Maracanã, porém, era mais do que esperado pelos envolvidos no espetáculo — Ferj e clubes conseguiram a liberação do estádio a apenas 18 dias da primeira final. Cientes de que duas das quatro bilheterias existentes no Maracanã não estariam em condições de uso — o estádio já está entregue ao Comitê Organizar dos Jogos Rio-2016 —, representantes de Vasco, Botafogo e federação decidiram que a venda pela internet não seria feita.
Poucos dias antes do primeiro clássico, a empresa Ingresso Fácil foi contratada para operar a venda. Houve a tentativa de reativar os guichês fechados junto à entidade olímpica (atual inquilina do estádio), mas já não havia tempo. E nem estrutura, já que o sistema de venda da concessionária Maracanã S.A. está desativado.
Como os vascaínos esgotaram suas entradas, o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) recomendou que o Maracanã não seja mais usado como ponto de venda. As entradas alvinegras estarão em General Severiano e Caio Martins.