Sem CR7 e Messi, Neymar ganha pressão para ser “melhor do mundo”

O jogador também ganhou mais espaço com o protagonismo.

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Todas as atenções do mundo do futebol estarão voltadas para Samara na tarde desta segunda-feira (2). Em campo no Brasil x México, a última das grandes estrelas que restou na Copa do Mundo. Com Lionel Messi e Cristiano Ronaldo eliminados, Neymar será o único entre os finalistas do último prêmio de melhor do mundo da Fifa ainda em ação na Rússia.

Embora tenha outros concorrentes de peso em uma briga hipotética, como Modric, Mbappé e até o próprio Philippe Coutinho, nenhum deles guia tanto a própria carreira pelo prêmio como Neymar. Sem os principais concorrentes por perto, o camisa 10 da seleção brasileira terá, enfim, o caminho aberto para brilhar na Copa e conseguir o argumento que lhe falta para beliscar o cobiçado prêmio.

A tarefa ainda parece extremamente longe. Cristiano Ronaldo e Messi são os detentores das dez últimas edições do prêmio - cinco cada. Espécie de barreira intransponível no caminho de qualquer candidato ao topo do planeta, a dupla de Real Madrid e Barcelona não chegou a ser "ameaçada" em Copas anteriores. Carentes de grandes estrelas, Espanha e Alemanha ganharam o torneio mais importante, mas emplacaram no máximo finalistas no prêmio da Fifa - Xavi e Iniesta em 2010 e Neuer em 2014.

Aos 26 anos, Neymar tem referências de que está no ponto certo para se destacar. Foi com essa faixa etária que recentes destaques da Copa do Mundo obtiveram o êxito de ser campeão e o craque da edição. Foi assim com Paolo Rossi (26 anos, em 1982), Maradona (25, em 1986), Romário (28, em 1994), Zidane (26, em 1998), Ronaldo (25 ,em 2002) e Iniesta (26, em 2010). De todos esses, Romário, Zidane e Ronaldo se converteram também em vencedores do prêmio da Fifa no fim dos respectivos anos.

Do mesmo jeito que abre espaço para Neymar, no entanto, o "caminho aberto" por Cristiano Ronaldo e Messi também põe pressão extra sobre o brasileiro. Contra o México, no duelo das oitavas de final, o camisa 10 ainda tenta alcançar o protagonismo que não veio na Copa do Mundo. Nos três primeiros jogos, o atacante do Paris Saint-Germain foi ofuscado por Philippe Coutinho.

Em três jogos, Neymar tem um gol e uma assistência, e boas atuações no segundo tempo contra a Costa Rica e no jogo com a Sérvia. Na estreia, chamou mais a atenção pelas faltas sofridas e reclamações. Contra a Costa Rica, o choro após o gol no finzinho também ganhou manchetes e críticas.

Irritado com o contexto, Neymar se recusou a dar entrevistas após os jogos e relatou aos amigos a vontade de “calar a boca de perseguidores”. Nos últimos dias até adotou uma atitude mais "paz e amor", mas segue usando o que se fala sobre ele como "combustível".

"Não se pode acreditar no que falam, acreditar que já chegou lá. Acreditar na capa dos jornais e nos especialistas. Você pode acreditar nas estatísticas, você pode entrar no jogo deles ou você pode acreditar no seu jogo”, postou o jogador em sua conta no Instagram na véspera do jogo contra o México.

A Copa do Mundo é encarada por Neymar como um caminho curto para o prêmio de melhor do mundo. Em vez de depender de uma campanha inédita do PSG ao título da Liga dos Campeões, ele cortaria caminho levando o Brasil ao sexto título. De um jeito ou de outro, faltam conquistas de peso que o coloquem na briga. Os quatro jogos restantes da Copa podem mudar essa impressão.

Para o estafe do atleta, Neymar já está no mesmo nível dos craques português e argentino. Já o jogador segue com reação tímida sobre o tema: “Os melhores são Messi e Cristiano Ronaldo” é a sua resposta padrão. Quando o assunto é seleção, no entanto, Neymar acredita ter mais chances de brilhar que os concorrentes. Para ele, ambos os rivais sofrem por conta dos níveis das seleções de Portugal e Argentina.

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