Sem poder lutar, brasileiro trabalha de motorista nos EUA

Brasileiro relata que foi humilhado por dirigente americano

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A situação do brasileiro Sheymon Moraes não está nada fácil no World Series of Fighting. O peso-pene (66 kg), que vem de duas vitórias seguidas, afirmou ter solicitado seu desligamento da organização, mas como seu pedido não foi aceito e a organização não lhe oferece mais lutas, recorreu ao trabalho de motorista para poder se sustentar nos Estados Unidos.

Naturalmente, lutar é a principal fonte de renda de um profissional no MMA. E com a necessidade de ganhar mais dinheiro, já que sua esposa está grávida, Sheymon se desdobra para contornar a falta de combates. O problema é que o brasileiro indicou que já sente as consequências de sua nova rotina, como dores nos braços e nas costas. E para completar a má fase, ele revelou, em entrevista ao site 'MMA Fighting', ter sido desrespeitado por Ray Sefo, presidente da organização e ex-atleta do K-1 (evento de luta em pé).

"Ele me perguntou se além de me liberar, se eu gostaria que ele ficasse de quatro. Eu não gostei dessa resposta, ele foi desrespeitoso comigo. Fiquei chateado, essa é uma das razões que me fazem não querer renovar com eles. Eu treino de manhã e dirijo o resto do dia, sextas, sábados e domingos, dirijo o dia todo. Treino desde os quatro anos de idade, é a única coisa que sei fazer. Aliás, sei fazer outras coisas, mas o que amo é lutar e esse é o problema. Dirigir o dia todo me causa dor nas costas e nos braços", relatou.

Entre as reclamações do brasileiro, também está a de que o WSOF lhe enganou. Isso porque, de acordo com Sheymon, a organização lhe ofereceu um contrato e logo depois descumpriu o combinado - como a promessa de uma luta e um acordo financeiro. Ele, que acumula nove vitórias e uma derrota em seu cartel, apontou que seu único desejo é poder voltar a competir no esporte.

"Eles queriam que eu reassinasse e lutasse no card de Nova York, e eu disse 'ok'. Precisava lutar. Nós concordamos com o pagamento e esperamos para assinar o contrato. Mas eles me enviaram uma mensagem, três semanas depois, dizendo que eu não lutaria no card de Nova York e que o pagamento não seria como havíamos combinado. Eu não me interessei, pedi para ser liberado, mas eles não me deixam ir. Meu filho nasce em abril, preciso trabalhar, trazer dinheiro para casa", completou.

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