Neymar e Messi caminhando juntos pela praça da Catalunha, a principal de Barcelona. Muitos param, olham, comentam, parecem descrentes. Alguns pedem fotos e gritam elogios. Enquanto isso, os dois dão risada e desfrutam por conta da imaginação das pessoas. Não são os craques do Barça, e sim, os sósias que usufruem da semelhança não apenas para ganhar dinheiro, mas como também para desfrutar do assédio feminino.
O turista japonês pede foto, um espanhol grita pelo Barcelona, e o catalão Miguel Martinez, o Messi, e o brasileiro Nicolau Santos, o Neymar, não conseguem caminhar tranquilamente, principalmente, quando se preocupam em confundir os pedestres.
"Eu mudei um pouco. Antes adorava ir para rua e fazer o papel de Neymar, imitar a pose dele. Só que hoje entendo que faço um trabalho para ele e preciso me comportar", destacou Nicolau, mineiro de 19 anos, e que mora em Barcelona desde o segundo ano de vida por conta do pai catalão.
Ser Neymar na visão de muitos e ter que zelar por ele é algo que Nicolau se deu conta aos poucos. No começo da carreira, pouco depois que o camisa 11 chegou no Barcelona, Nicolau foi flagrado fumando no intervalo da gravação de um comercial e foi tratado pela imprensa italiana como o jogador. "Eu aprendi. Foi um momento complicado para mim, coisa de quem é inexperiente e não sabia o que isso podia representar", lamentou.
Só que a fama por tabela tem lá seus diversos pontos positivos. O assédio feminino é um deles. Miguel Martinez tem 30 anos e está solteiro. O catalão é adepto das baladas na cidade e se diverte com a confusão causada nos locais.
"Teve uma vez, quando eu tinha cabelo comprido como o do jogador que tiveram que me buscar no banheiro de tanta gente que havia esperando. Simplesmente eu não podia sair", contou o Messi "fake".
Miguel e Nicolau já chegaram a ganhar cerca de 4 mil euros (aproximadamente R$ 12,6 mil) em uma única gravação. No mês de auge, então, a quantia total chegou a aproximadamente 10 mil euros (cerca de R$ 30,2 mil). Os comercias são produzidos pelas patrocinadoras dos jogadores e os sósias atuam por horas, às vezes muitos dias, nas cenas em que são substituídos apenas por alguns minutos pelos craques do Barcelona.
"Já fiz mais de 50 trabalhos como Messi. Basicamente é necessário ter cuidado com o físico, jogar bem futebol, ser canhoto como ele, que é meu caso, e ter atitude na câmera", disse Miguel.
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