O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) iniciou um inquérito para investigar as acusações de corrupção na arbitragem brasileira feitas por John Textor, proprietário da SAF do Botafogo, e estipulou um prazo de três dias para que Textor apresente as provas que afirma possuir. Com isso, Textor tem até a próxima quarta, 13 para entregar os áudios com as conversas comprometedoras de árbitros a respeito de não propinas para manipular jogos.
O QUE ACONTECERÁ: O descumprimento pode acarretar em um possível indiciamento de Textor no artigo 223 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de "deixar de cumprir ou retardar o cumprimento de decisão". As consequências variam desde multa até suspensão, o que implicaria em proibição de Textor frequentar estádios nos quais o Botafogo esteja jogando, assim como o CT, por um período de 90 a 360 dias. Adicionalmente, ele estaria sujeito a uma multa de R$ 100 mil.
O QUE DIZ O DESPACHO: "Em referência a solicitação de ABERTURA DE INQUÉRITO interposta pela PROCURADORIA DA JUSTIÇA DESPORTIVA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DESPORTIVA DO FUTEBOL – STJD DEFIRO seu pedido de forma a intimar o Sr. John Textor, para que, no prazo de 3 (três) dias, entregue todos os documentos que alega possuir ter referente aos "juízes gravados reclamando de não terem propinas pagas", sob pena de aplicação do artigo 223 "caput" e seu parágrafo único do CBJD, ou seja, em caso de descumprimento, seja o Sr. John Textor suspenso automaticamente até que cumpra a decisão, além da suspensão por 90 a 360 dias, e na reincidência eliminação”.
O QUE DIZ TEXTOR: As declarações de Textor sobre possuir provas de corrupção na arbitragem brasileira foram feitas após o jogo contra o RB Bragantino, ocorrido na última quarta-feira, no Nilton Santos. Ele prometeu revelar "o que realmente aconteceu no Campeonato Brasileiro" nos próximos 30 dias. Textor expressou sua frustração com a situação, mencionando que nos últimos jogos do ano passado foi difícil para eles assistirem devido ao ódio presente. Ele também criticou a postura de alguns juízes na corte esportiva, afirmando que não deveriam fazer piadas sobre manipulações e erros.
Além disso, Textor fez menção específica a áudios nos quais supostamente árbitros reclamam por não receberem propinas. Ele enfatizou que as provas existem e que as manipulações e erros ocorreram nos anos de 2021, 2022 e 2023.