Suécia vence África do Sul por 1 a 0 na 1ª partida da Rio 2016

O futebol feminino deu o pontapé inicial na disputa

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A Olimpíada do Rio 2016 começou nesta quarta-feira (03), com vitória por 1 a 0 da Suécia sobre a África do Sul, no Engenhão. Ainda que a abertura oficial dos Jogos seja só na sexta, com cerimônia no Maracanã, o futebol feminino deu o pontapé inicial na disputa. E o primeiro resultado interessa ao Brasil.

Em partida equilibrada, de marcação forte e surpreendente das sul-africanas, as suecas, favoritas no duelo, só conseguiram o triunfo por falha individual da goleira Barker - e que frango! O jogo, na maior parte do tempo, foi um ataque contra defesa liderado pela seleção sueca, que afundou a África do Sul no seu campo. E as sul-africanas se mostraram preparadas para isso: raramente as adversárias conseguiram investidas pelo centro da zaga. Foram mais comuns as descidas pelos lados, e em um escanteio a goleira Barker "entregou o ouro". Ela falhou em um primeiro cruzamento das rivais, vindo do lado esquerdo, e a bola sobrou para Blackstenius, que levantou novamente, desta vez da direita. Barker tornou a "caçar borboletas": no bate e rebate, a redonda sobrou para Fischer empurrar para as redes. Se as atacantes suecas estavam com dificuldade de furar o bloqueio sul-africano, coube à zagueira Nilla Fischer romper a marcação na área para marcar o tento da vitória.

Foi aos 29 minutos do segundo tempo de um confronto complicado que ela aproveitou a falha da goleira rival e, meio de joelho e meio de barriga, do jeito que deu, empurrou a redonda para o fundo das redes. A primeira vitória dos Jogos Olímpicos do Rio tem de ser creditada a ela. A África do Sul, em sua segunda Olimpíada, vem com desenho de jogo bem traçado pela ex-jogadora holandesa Vera Pauw, agora treinadora da equipe. O time, armado com duas linhas de quatro e laterais presos no sistema defensivo, dá campo para o adversário, marca forte e só se arrisca nos contragolpes. Não é novidade: no pré-olímpico africano o sistema de atuação foi o mesmo e resultou em cinco vitórias e um empate. A seleção foi vazada em apenas uma das seis partidas do torneio classificatório.Foi raro nos 90 minutos ver as sul-africanas levando perigo ao gol sueco, mas as suecas tampouco assustaram a goleira Barker. A estratégia, no que compete a Pauw, ficou perto de ser bem-sucedida.

A goleira Barker, no entanto, em falha individual, colocou tudo a perder.A fornecedora de materiais esportivos da seleção feminina da Suécia não é a Adidas, como a da equipe masculina – a bem da verdade, não é nem mesmo uma marca especializada em produtos esportivos. O uniforme é pensado e produzido pela H&M, empresa de roupas do país. É como se a C&A fizesse fosse responsável pelo uniforme da seleção brasileira. Não é comum no futebol, mas o resultado ficou legal. Ou não ficou?À la Neymar, a capitã e zagueira da África do Sul, Janine Van Wyk, chamou atenção em campo não só pela atuação segura, mas também pelo penteado invocado. Repare na foto acima: a camisa 5 ergueu um moicano e pintou de rosa.

Que estilo! Van Wyk é a atleta, entre homens e mulheres, que mais vezes vestiu a camisa da seleção de seu país. Um ídolo local. Suécia e África do Sul se enfrentaram na edição passada dos Jogos, realizada em Londres, por estarem ambas no Grupo F. O jogo terminou em 4 a 1 para a Suécia. Algumas curiosidades: as três suecas que marcaram os gols (Fischer, Dahlkvist e Schelin) estiveram em campo nesta quarta; Modise, que anotou o tento sul-africano, não foi convocada à Rio-2016. O gol de Modise, aliás, segue sendo o único da seleção do país em Olimpíadas.

FICHA TÉCNICA

SUÉCIA 1 X 0 ÁFRICA DO SUL

Data: quarta-feira, 03 de agosto de 2016

Horário: 13h (de Brasília)

Local: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)

Árbitra: Teodora Albon (ROM)

Assistentes: Mária Súkeníková (Eslováquia) e Petruta Iugulescu (ROM)

Gol: Fischer (29' do 2º tempo)

SUÉCIA: Lindahl; Ericsson, Fischer, Sembrant e Samuelsson; Seger, Dahlkvist (Rubensson) e Asllane; Jakobsson, Rolfo e Schelin. 

Técnica: Pia Sundhage

ÁFRICA DO SUL: Barker; Ramalepe, Vilakazi, Van Wyk e Matlou; Malherbe, Makhabane, Dlamini e Jane; Nogwanya (Motlhalo) e Seoposenwe. 

Técnica: Vera Pauw

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