TAM rompe contrato com a CBF após denúncias

A companhia não informou oficialmente o motivo da rescisão do contrato.

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A TAM decidiu romper o contrato de patrocínio com a seleção brasileira. A comunicação será feita pela empresa aérea nos próximos dias. A intenção da TAM é não ter mais a sua marca vinculada à confederação em 2013. A companhia não informou oficialmente o motivo da rescisão do contrato.

Quatro empresas de propriedade de um amigo do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira foram indicadas pela entidade como beneficiárias do contrato de patrocínio da seleção com a TAM.

Pelo documento, a confederação apontou as empresas do Grupo Águia, de propriedade de Wagner Abrahão, para receber o valor das cotas mensais do patrocínio.

Abrahão é amigo próximo de Teixeira. Viajou de jatinho com o ex-cartola para Miami pouco antes de sua renúncia, em março. Teixeira comandava a entidade na época em que o acordo foi assinado.

Segundo o contrato, a TAM paga US$ 7 milhões (R$ 14,1 mi) por ano à confederação para patrocinar a seleção brasileira. As cotas são mensais.

De acordo com um dos artigos do documento firmado entre as duas instituições, a CBF informa à TAM que o pagamento mensal poderá ser feito na conta de uma das quatro empresas do grupo de Abrahão e as lista.

São elas: a Pallas Operadora Turísticas Ltda, a Iron Tour Operadora Turística Ltda, a One Travel Turismo Ltda e a Top Service Turismo Ltda.

A TAM e a confederação acrescentaram uma cláusula de confidencialidade para manter o artigo em sigilo.

A rescisão unilateral não prevê multa. Pelo contrato, as duas partes pactuaram que a comunicação terá de ser "enviada por escrito com 180 dias de antecedência da entrada em vigor de cada novo ano de período do contrato, à outra parte, sem que haja qualquer tipo de penalidade e indenização devido a ela". O acordo vale até 2014, mas poderia ser renovado automaticamente por mais quatro anos após a Copa.

O próximo jogo da seleção será o amistoso contra a Colômbia, no dia 14, nos EUA. Nesta viagem, a empresa ainda deverá transportar o time de Mano Menezes.

Em 2011, quando Teixeira integrava o Comitê-Executivo da Fifa, o Grupo Águia, de Abrahão, e a Traffic ganharam o direito da venda de pacotes de turismo oficiais para a Copa do Mundo. Pelo acordo, as empresas poderão negociar 100 mil "pacotes de hospitalidade" da Fifa.

Em 2001, a CPI do Futebol investigou a agência SBTR, cujo dono era Abrahão. Segundo a CPI, a SBTR praticava tabela com tarifas cheias, sem desconto, em viagens da seleção pagas pela CBF.

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