Mais uma vez o São Paulo decepcionou a torcida e empatou por 2 a 2 com o Atlético-PR, neste sábado, no Morumbi, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. E Adilson Batista evita justificar o resultado nem com os erros de finalização ou as falhas defensivas. O técnico preferiu lembrar que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não adiou o jogo para domingo e que o time ficou mais de 45 minutos com dez jogadores na derrota da última quarta-feira, para o Ceará, pela Copa Sul-Americana.
"Hoje sábado, a minha preocupação era o aspecto físico e todos têm que entender isso. Não é tão simples jogar no Ceará com um a menos, a viagem de volta já em cima do jogo. Tínhamos feito a solicitação e não fomos atendidos. Acabamos prejudicados", reclamou o técnico, que diz ter pedido a mudança de data há quase um mês, quando assumiu o time.
Por esses problemas, o comandante até releva as falhas ofensivas e na retaguarda. "Finalizamos mais. Não é pretexto, mas hoje, a cabeça pensa e a perna não obedece. É assim que funciona, estávamos sobrecarregados no aspecto físico. Por isso seria importante sair na frente e controlar o jogo. 1 a 0 seria goleada", apontou o treinador, que viu a equipe ficar atrás no placar duas vezes.
Em meio à argumentação por cansaço, o treinador nem lembrou de um polêmico lance no qual Dagoberto foi agarrado na área no segundo tempo e, junto a toda a torcida, pediu pênalti que o árbitro ignorou. O foco na CBF estava até em relação a Lucas, que viajou à Alemanha, não entrou em campo no amistoso da Seleção e retornou só na madrugada desta sexta.
"O Lucas é talentoso, tentou o drible, confio e gosto muito dele. Mas chegou às 5 da manhã nesta sexta-feira . E mesmo sem jogar e com poucos treinos na semana, preciso relevar, independentemente de ser jovem. Ele tem que criar, voltar, arriscar, servir, e ainda tem a vontade de reverter o placar. Isso acaba desgastando", apontou.
O camisa 7 teve um excelente primeiro tempo, mas caiu de ritmo na volta do intervalo e terminou o jogo se alongando em campo. "E não foi só o Lucas, tinha muita gente alongando, puxando a meia em função do desgaste", contou Adilson, preocupado com o cansaço desde o início do jogo. "Já sabia que o Ilsinho iria cansar, tinha a preocupação com o Zé Vitor por estar sem ritmo...", citou.