A Justiça da Austrália determinou, nesta segunda-feira (10/1), a libertação do tenista Novak Djokovic. Responsável pelo caso, o juiz Anthony Kelly, ordenou que “todas as providências necessárias sejam tomadas para liberar o requerente imediatamente”. Além disso, o passaporte do esportista e outros documentos pessoais devem ser devolvidos ao sérvio, impedido de entrar no país por não ter se vacinado contra a Covid.
O advogado do governo australiano, Christopher Tran, no entanto, afirmou que, mesmo com a decisão, o ministro de Imigração, Cidadania, Serviços a Imigrantes e Relações Multiculturais, Alex Hawke, pode usar seus poderes especiais para cancelar o visto e deportar Djokovic. Se isso ocorrer, o sérvio pode ficar sem poder entrar no país por três anos.
Djokovic chegou ao país na última quarta-feira, mas acabou barrado no aeroporto ao apresentar um atestado de isenção de vacina, que não foi reconhecido como válido pelas autoridades locais.
O tenista número um do mundo vive uma verdadeira novela na Austrália
Ele chegou a receber um atestado do governo estadual de Victoria e da organização do Aberto da Austrália, após fornecer informações de exames feitos com painéis médicos independentes. Assim, conseguiu a aprovação do visto, mais tarde revogada pelas autoridades federais.
O governo australiano controla a entrada de estrangeiros exigindo a comprovação de vacinação contra Covid, mas aceita receber pessoas não vacinadas quando comprovada a isenção médica.
As exceções incluem pessoas que não tomaram o imunizante para não piorar um quadro clínico grave causado por outra doença ou aquelas que apresentaram reação grave na primeira dose. Já o argumento da contaminação recente tem gerado debate e será avaliado pela Justiça.
Após ser barrado, Novak Djokovic ficou confinado em um hotel especial da imigração australiana, reservado a refugiados. Esta é a primeira vitória do número um do tênis mundial na Justiça após ele chegar em Melbourne para disputar o Aberto da Austrália.