Os tenistas paralímpicos Daniel Rodrigues, Leandro Pena e Ymanitu Silva chegaram ao Brasil nesta terça-feira (10), após passarem por momentos de tensão em Israel devido à invasão do grupo Hamas. Os atletas enfrentaram a espera de mais de 33 horas no aeroporto de Tel-Aviv antes de conseguirem um voo para a Tailândia.
Após uma série de voos, o trio chegou ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. Os tenistas estavam no país para participar do Israel Open, mas tiveram que sair às pressas devido aos ataques terroristas do Hamas no sul de Israel. Em entrevista ao GloboNews, os atletas revelaram que não sabiam o que estava ocorrendo na região.
“No primeiro dia a gente já chegou e já estava acontecendo o ataque, porém não falaram nada. A gente não sabia o que estava acontecendo. Foi um procedimento normal: pegamos bagagem, fomos para o hotel, chegamos no hotel”, descreveu Daniel.
“Foi aí sim que o organizador do torneio, que cancelou o torneio, é que nos avisou que estava tendo ataque, e estava chegando em Tel Aviv, que era onde a gente estava. Então foi aí que foi que bateu o desespero, porque estava tudo tranquilo”, completou.
Ymanitu recordou os momentos de tensão quando foram conduzidos a um abrigo antiaéreo no aeroporto, devido a um míssil que foi disparado em sua direção, mas que acabou sendo interceptado pelas forças militares.
“Foi uma sensação que a gente nunca esperava. Nunca vi nada parecido, porque a gente não tem controle nenhum, né? Na minha cabeça, o pessoal do Hamas estava atacando o aeroporto, na verdade. Então, foram 20 minutos assim de uma sensação terrível mesmo, que eu estava falando para o Daniel e o Leandro, que a gente pensava que realmente ia morrer, porque a gente pensava que eles estavam vindo”, explicou.
Daniel expressou sua alegria ao retornar ao Brasil após uma espera de três dias. Ele compartilhou que o organizador do torneio havia informado que o aeroporto era o lugar mais seguro para eles ficarem, e, consequentemente, permaneceram lá desde o último sábado.
“É uma satisfação poder chegar aqui no Brasil porque viver os momentos assim de muito desespero, momentos que a gente já não tinha mais controle, e nem (saber) se a gente ia conseguir voltar para o Brasil. Foi muito difícil esse processo. Ficamos com muito medo, muito medo, mas graças a Deus chegamos no Brasil”, falou aliviado.