Tite não garante mesma escalação na estreia e elogia Neymar

Apesar da boa atuação, treinador não assegurou repetir.

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A vitória do Brasil sobre a Áustria por 3 a 0, neste domingo, em Viena, no último amistoso antes da Copa do Mundo, agradou bastante a torcida brasileira. Apesar da boa atuação da Seleção, o técnico Tite não garantiu a mesma escalação para a estreia na Copa.

- Na sexta falo o time. Agora estou na adrenalina. Não tenho como praxe adiantar assim o time. A derrota te ensina. Se a gente perde para a Áustria, teria uma desculpa. A concentração competitiva desses atletas é elogiável. Eu falei com a arbitragem. Eles se concentraram em jogar. Hoje essa equipe deu um exemplo e de que está amadurecendo. Veio para um jogo de contato e teve um grande desempenho. Eu não posso assegurar a equipe, ainda estou absorvendo o jogo - disse Tite em entrevista coletiva após o jogo.

O desempenho de Neymar na partida foi enaltecido pelo treinador. Tite afirmou que ainda sente algum receio de problemas musculares, mas elogiou a inteligência do jogador dentro de campo e a capacidade de definição.

- Eu não sei nem o limite do Neymar. A capacidade técnica e criativa dele é impressionante. Quando o acionamos no último terço do campo, ele é letal. Mas ainda vai oscilar até no último lance de participação. Eu disse para ele: "Abriu, finaliza". Depois fiquei com medo de algo muscular e fiz a substituição.

Tite também destacou a intensidade e a capacidade de mobilidade da Seleção. Na visão do treinador, esse atributo provoca cansaço no adversário e oferece uma maior possibilidade de garantir a vitória, principalmente na segunda etapa da partida.

- O adversário vai cansar diante da mobilidade que essa equipe tem. Aí, os jogadores tiram proveito disso. 60% dos gols da nossa equipe são no segundo tempo. Essa equipe é muito móvel e tem que saber tirar proveito disso.

Outros pontos da coletiva de Tite:

    •    Estreia

- Contra a Suíça, vamos começar a pensar agora. Temos uma forma de jogar. Não mudamos nosso jeito de jogar se formos jogar contra a Alemanha. Tentamos que repetir nosso padrão. Quando tiver pressão, o nosso jogador vai encontrar soluções.

    •    Número de gols

- Em relação ao número de gols, vou falar o seguinte: os jogadores abrem mão do gol. Não é uma relação de profissionalismo, é uma relação de amizade. Mas se deixar de fazer o gol vai tomar uma dura.

    •    Condições médicas

- O médico vai trazer detalhes a respeito do Fred. A previsão é que já está legal e pronto para treinar conosco. O Renato, se fosse jogo de Copa, teria ido para o banco. Deixo o Neymar para o jogo para pegar ritmo. Mas se dá um problema? Fui deixando ele mais um pouquinho. É importante ele estar jogando. Mas teve o momento que falei: "chega". Eu ficaria com peso na consciência se houvesse algo.

    •    Philippe Coutinho

- Vai se desafiando e evoluindo. No Liverpool, ele jogou bastante assim. Para mim, ele pode jogar nessa posição (centralizado).

    •    Intensidade nos treinos

- Se a forma com a qual trabalhamos, por vezes, provoca muito contato, se eu tivesse optado por treinos mais "light", talvez não Fred e Renato não tivessem se machucado, mas o preço que se paga pela excelência é a rotação alta - afirmou.

    •    Coletividade

- Sentimos orgulho de saber que ajudamos a equipe. Quando o Sylvinho vem aqui falar, não é que o técnico não quer falar. É para mostrar que há toda uma equipe. Tem um trabalho por trás. É quando o Neymar faz o gol e vai abraçar o Rafa.

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