Incentivador do jogo limpo – a ponto de apontar a conduta profissional como uma das justificativas para convocar o zagueiro Rodrigo Caio, do São Paulo –, o técnico Tite não está preocupado em acalmar os jogadores da Seleção Brasileira às vésperas de mais uma partida contra a Colômbia. Os últimos confrontos entre as duas seleções foram marcados por confusões.
“Não tem essa de violência. É competitividade leal, como foi contra o Equador. As pessoas confundem. Existem lances competitivos normais, de briga pelo alto, de cabeceio. É característica de jogo”, minimizou Tite.
Recentemente, no entanto, os jogadores do Brasil não consideraram alguns enfrentamentos com colombianos como “lances competitivos normais”. Foi uma joelhada de Zúñiga que tirou Neymar dos dois últimos jogos – vexatórios, contra Alemanha e Holanda – da Copa do Mundo de 2014.
Meses depois, no reencontro entre Brasil e Colômbia, em um amistoso nos Estados Unidos, Cuadrado acabou expulso por mais uma falta dura sobre Neymar. No ano seguinte, na Copa América, foi o astro brasileiro quem protagonizou um tumulto no final do jogo e levou o cartão vermelho, assim como Bacca. Acabou punido pela Conmebol e perdeu o restante do torneio e o princípio das Eliminatórias para a Copa do Mundo.
Houve reclamação de falta de espírito olímpico até nos Jogos do Rio de Janeiro, no ano passado. Em Itaquera, a Seleção Brasileira avançou às semifinais com uma vitória por 2 a 0 sobre a Colômbia e outra vez se queixou da postura do time adversário, que teve seis jogadores punidos com o cartão amarelo e protestou contra uma entrada dura de Neymar.