O Corinthians desembarcou na manhã desta segunda-feira em São Paulo, depois da goleada sofrida para a Portuguesa, por 4 a 0, em Campo Grande (MS). Pressionado, o técnico Tite não quis dar entrevista.
O treinador passou pela imprensa cercado por quatro seguranças e foi diretamente para o ônibus que aguardava a delegação no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
O Corinthians não perdia por quatro gols de diferença desde 2005, quando uma goleada por 5 a 1 para o São Paulo derrubou o treinador argentino Daniel Passarella do cargo.
Apesar de acumular agora oito partidas sem vitória (contando a Copa do Brasil), período em que anotou apenas um gol, a diretoria banca a permanência do treinador.
"O Tite fica. Ele estava chateado, mas não colocou o cargo à disposição. O nosso ambiente de trabalho é muito bom e muito positivo. A relação entre comissão técnica e diretoria é excelente", disse Edu Gaspar, gerente de futebol do Corinthians, ainda no aeroporto.
"Eu mesmo liguei para o Mário Gobbi [presidente do clube], para o Roberto de Andrade [diretor de futebol], para o Duílio [Monteiro, diretor-adjunto] e batemos um papo. Nossa opinião continua a mesma", afirmou Edu Gaspar.
A goleada sofrida no domingo deixa o Corinthians em 13º lugar no Nacional, com 31 pontos --foi ultrapassado pela própria Lusa. O clube está muito mais perto da zona de rebaixamento (seis pontos do 17º) do que da área de classificação para a Libertadores (11 pontos para o 4º).
"A minha preocupação agora é em termos do desempenho dos atletas. Melhorar o jogo, as oportunidades de gol, melhorar a atitude. A gente sabe que o time é muito forte. O treinador não tem culpa em nada", afirmou Edu Gaspar.
Considerando apenas os cinco jogos do segundo turno do Campeonato Brasileiro, o Corinthians é o time com o pior desempenho, com quatro derrotas e um empate.