Uma confusão se formou na área destinada aos jornalistas que cobriam a eliminação do Palmeiras para o Boca Juniors nos pênaltis, no Allianz Parque, na última quinta-feira. Foi depois do apito final de Andrés Matonte. O Palmeiras viu seu sonho do tetracampeonato da Libertadores desaparecer depois de perder nos pênaltis para o Boca Juniors, no jogo de volta das semifinais da competição continental.
O fato é que dois jornalistas argentinos, que comemoraram euforicamente após o apito final, foram acusados de racismo pela torcida palmeirense presente no local, bem como por outros membros da imprensa brasileira. De acordo com relatos, eles teriam feito imitação de gestos racistas, cujos atos foram comunicados à polícia, que removeu os alegados infratores e outras testemunhas do local.
Alegações de arremesso de uma banana, negadas por mais de um espectador, também foram relatadas. Todos os envolvidos foram posteriormente encaminhados ao Juizado Especial Criminal (JECRIM).
Inicialmente, a situação começou com uma discussão verbal, mas logo evoluiu para tentativas de violência. Socos foram trocados e objetos foram atirados. A polícia enfrentou dificuldades para conter a agitação, que ocorreu apenas alguns minutos depois do término da partida.
Após o incidente, foi iniciado um inquérito policial, e as imagens das câmeras de segurança do Allianz Parque foram solicitadas como evidência. Um dirigente do Boca Juniors, que estava acompanhando os jogadores a caminho do túnel de acesso ao gramado, também foi acusado por um torcedor do Palmeiras de ter feito gestos racistas imitando um macaco. O torcedor, abalado, prestou depoimento à polícia.
Um dos jornalistas acusados compareceu ao depoimento, acompanhado por um representante do Consulado Argentino no Brasil. Até o momento, nenhum vídeo ou imagem que comprovasse o suposto ato de racismo foi encontrado, até pouco tempo depois do término da partida.