Com a saída de Jorge Sampaoli quase se confirmando, o Atlético-MG trabalha para ter um substituto pronto, caso seja necessário. Renato Gaúcho é um dos cotados. Mas, o nome de Cuca , campeão da Libertadores de 2013 pelo Galo, também aparece como possiblidade. As informações são do IG.
Todavia, o que parecia ser um consenso entre os torcedores alvinegros, a vinda de Cuca gerou um grande debate e até uma campanha nas redes sociais com direito a hashtag (#cucanao) pedindo para a diretoria não contratar o atual comandante do Santos, que irá deixar o Peixe no fim do Brasileirão.
Apesar de ter sido campeão e muito requisitado em anos anteriores, a rejeição ao treinador se dá por uma situação que virou caso policial em 1987, em Berna, na Suíça, quando era jogador do Grêmio. Naquele ano, uma garota de 13 anos acusou de estupro coletivo Alexi Stival (Cuca) e outros três jogadores do time gaúcho: Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges.
A acusação se transformou em condenação em 1989, mas não por terem estuprado a jovem e sim porque ela tinha apenas 13 anos, sendo uma violência sexual contra pessoa vulnerável. Cuca e os demais jogadores do Grêmio foram condenados a 15 meses, mas nunca cumpriu a pena, pois o Brasil não extradita seus cidadãos e em 2004, o crime prescreveu.
Grupos de torcedores, incluindo várias torcedoras, se manifestaram contra a vinda de Cuca para o Galo. A tag #CucaNão esteve entre os assuntos mais comentados do Brasil no Twitter.
A Grupa, um coletivo de mulheres torcedoras do Atlético-MG, publicou um manifesto com posicionamento contrário à volta de Cuca ao clube mineiro.
-Trazer Cuca de volta ao Galo significa ignorar a violência sofrida por mulheres, inclusive torcedoras do clube e aflorar gatilhos e sentimentos que gostariam de esquecer ou até mesmo sepultar-dizia o texto.
Cuca preferiu não falar a respeito do tema quando a notícia se tornou pública novamente depois de 31 anos.