A transexual Jessica Millamán foi liberada para disputar partidas profissionais de hóquei sobre a grama na categoria feminina, juntamente com mulheres, depois que a Federação da sua província ter impedido. A atleta recorreu e a CAH (Confederação Argentina de Hóquei) deu parecer favorável a Jessica.
A batalha legal começou em setembro de 2016 com a recusa da entidade do esporte da cidade de Chubut, que impediu a transexual de jogar pelo time Germinal de Rawson. Após ter ganho esta luta, Jessica se disse muito feliz. "Foi um pequeno passo. Feliz da vida pelo fato de poder fazer este esporte", disse à EFE.
Esta decisão da CAH vai de encontro ao planeamento do COI (Comitê Olímpico Internacional) que diz que uma transexual pode sim jogar entre as mulheres "se o seu nível de testosterona total em soro for inferior a 10 nanomoles por litro nos últimos 12 meses antes da primeira presença, para minimizar qualquer vantagem".
Este critério, porém, vai contra a lei argentina, que impede qualquer instituição de restringir ou excluir o direito de exercer a igualdade de gênero, já que estão exigindo que as esportistas tomem hormônios para conseguirem jogar.
Várias adversárias da transexual criticaram a Confederação pela liberação, e ainda que Jessica Millamán perceba as críticas, ela entende que esta foi uma primeira batalha ganha.
Caso parecido na Itália
A jogadora brasileira Tiffany Abreu também ganhou o direito de jogar na segunda divisão do vôlei feminino na Itália, mas muitas rivais desaprovaram. Batizada como Rodrigo, ela tem 32 anos de idade, 1,94m de altura e atua como oposta. Tiffany fez cirurgia para a mudança de sexo em 2014 e continuou atuando por clubes masculinos até o início de 2017, quando se tornou a primeira jogadora transexual brasileira a receber autorização da (Fivb) Federação Internacional de Vôlei para se juntar às mulheres.