Um ano após 7 a 1, Pelé diz que seleção brasileira parou no tempo

Em larga escala, porém, o Brasil produz vexames

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Há exatamente um ano, o Brasil inteiro derramava lágrimas da humilhação da Alemanha sobre a seleção brasileira  no Mineirão. O placar de 7 a 1 que está marcado na vida de adultos, crianças, pachecos e até daqueles que não param para ver a Copa do Mundo poderia ser o marco para o renascimento do futebol brasileiro. Pausa: Gol da Alemanha. Mas sete gols alemães e 365 dias depois, o país pentacampeão mundial está mergulhado num cenário de desconfiança e sem um horizonte. De lá para cá — com perdão da rima — muito blablablá e uma queda mundial e preocupante.

Outrora país de craques como Didi, Garincha, Pelé, Tostão, Jairzinho, Zico, Romário, Ronaldo & cia., o Brasil vive de Neymar. E só. Isto é: a constatação de que nada mudou.

— De lá para cá, o Brasil só mudou o técnico da seleção. Estou torcendo para que o Dunga conserte tudo isso e tenha muito sucesso — disse Pelé, o Rei do Futebol.

O futuro a Deus pertence. Mas os cartolas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) trocaram o luto pelas mudanças e não deram uma ajuda ao destino. Saiu Luiz Felipe Scolari; entrou Dunga. E Gol da Alemanha. De volta à seleção brasileira, acompanhado pelo diretor Gilmar Rinaldi, Dunga usou o discurso de defesa a não crucificação de vários jogadores naquela tarde-noite vergonhosa para repatriar Daniel Alves, Fernadinho, Willian, Oscar... Em xeque, a fábrica de talentos mantém o rótulo de pentacampeã, mas perde, vexame a vexame, o padrão de qualidade.

Único tricampeão mundial como jogador, Pelé enxerga o Brasil sem identidade naquele 7 a 1. Camisa 10 de uma época em que craque o Brasil produzia e via em seus campos, o Rei do Futebol lamenta que os jogadores atualmente não tenham o sangue verde e amarelo.

— Na minha opinião, quando perdemos de 7 x 1, o Brasil já tinha perdido a sua identidade porque todos os jogadores importantes estavam jogando no futebol europeu. As pessoas já esqueceram que, logo em seguida, perdemos de 3 x 0 para a Holanda na disputa do 3º e 4º lugares da Copa do Mundo — afirmou o ex-craque.

Em larga escala, porém, o Brasil produz vexames. Com Dunga e mais cinco jogadores que estavam na fatídica tarde mineira foram eliminados da Copa América para o frágil Paraguai. Da seleção desequilibrada da Copa ao choro do país, só resta uma certeza: Gol da Alemanha.

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