O meia Valdivia curte férias no Chile, mas a necessidade de estar pronto para a temporada de 2013 fez com que ele continuasse o tratamento da lesão no ligamento colateral medial do joelho esquerdo, sofrida em outubro, num jogo contra o São Paulo. Nas últimas semanas, o Mago frequentou a Clínica Meds, em Santiago, onde recebeu acompanhamento médico de dois profissionais. Seu retorno ao Brasil está previsto para esta quarta-feira, já que a reapresentação ao Palmeiras ocorre na quinta.
De acordo com o jornal La Tercera, do Chile, Valdivia quer manter o silêncio até voltar ao Brasil. O jogador está focado na recuperação e espera ter um ano mais regular, após ter sofrido com lesões e problemas pessoais em 2012.
? Qualquer coisa que ele diz gera muita polêmica, para o bem ou para o mal. Ele prefere ficar em silêncio até que volte a São Paulo para iniciar a pré-temporada ? disse um amigo do Mago, ao jornal.
Dois motivos fizeram Valdivia intensificar o tratamento nas férias: a desconfiança que vive no Verdão e a possibilidade de retornar à seleção chilena, agora treinada por Jorge Sampaoli. O técnico, inclusive, espera ter uma conversa com o Mago antes de ele se reapresentar ao Palmeiras. A intenção é convocá-lo para um amistoso já em fevereiro.
No Palmeiras, o técnico Gilson Kleina falou em recuperar o Mago, mas sabe que a tarefa é difícil. As lesões o fizeram jogar menos da metade das partidas do Verdão desde sua chegada para mais uma passagem pelo clube, em agosto de 2010. Além disso, polêmicas dentro e fora de campo desgastaram sua imagem diante da torcida. O Palmeiras não se opõe a uma negociação para tentar recuperar parte do dinheiro investido na contratação.
Mesmo assim, o presidente Arnaldo Tirone mantém a postura de dizer que Valdivia faz parte dos planos para a temporada.
? O Valdivia é um patrimônio do clube, e nós temos de cuidar dele. É um patrimônio que só vai deixar o clube se for por um dinheiro alto. O Kleina conta com ele para a Libertadores ? afirmou.
O problema é que Tirone deixa o cargo em 21 de janeiro. Depois disso, a presidência ficará nas mãos de Paulo Nobre ou Décio Perin, candidatos da próxima eleição.