O chileno Valvidia não se perdoou por deixar o Palmeiras com um jogador a menos durante parte do segundo tempo nesta quinta-feira e ainda desfalcar o time no jogo decisivo da próxima quarta, que marcará a partida da volta contra o Coritiba pela final da Copa do Brasil. Após ser expulso ainda aos 25min da etapa final, o meia não escondeu sua raiva pelo vacilo que o tira do jogo mais importante do clube nos últimos anos.
Já nos vestiários, Valdivia chorou e, ainda aos prantos, começou a socar as paredes, numa tentativa de aliviar a frustração. Sobrou para o capitão Marcos Assunção consolar o chileno, que vinha em um grande momento após superar o incidente do sequestro relâmpago que sofreu com sua mulher no último dia 7 de junho. Assunção chegou próximo a Valdivia, falou algo em seu ouvido, e saiu abraçado com o meia.
Valdivia foi expulso após levar o segundo cartão amarelo em uma chegada forte em Willian. Se o cartão que resultou na expulsão pareceu justo, o problema foi o primeiro, logo no início do segundo tempo, quando o chileno foi punido por ameaçar jogar a bola num rival com as mãos.
O meia vinha em alta depois de entrar no segundo tempo da segunda partida contra o Grêmio, pelas semifinais, e marcar o gol palmeirense no empate por 1 a 1. Até então, Valdivia vinha afastado, abalado psicologicamente pelo sequestro, e com a sua permanência no clube em xeque.