Dono da maior mobilização feita por uma torcida em termos associativos, o Vasco já faz planos e tem destino certo para o dinheiro que espera receber na próxima onda de associação em massa. Vascaínos que contribuírem com o clube estarão pagando por ídolos. Mas não necessariamente do presente. Estarão colaborando para pagar, entre outras dívidas, a que o clube tem com Romário. A verba do sócio torcedor futuro foi dada como garantia de pagamento do acordo que o Vasco fez com o ex-centroavante em dezembro. Informações do Globo Esporte.
O blog teve acesso aos termos do contrato e, nele, consta que Romário aceitou fazer uma redução no valor total da dívida, caindo de pouco mais de R$ 15 milhões para cerca de R$ 12 milhões. Em dezembro, no ato da assinatura, o ex-jogador recebeu R$ 1,8 milhão à vista e concordou em receber o restante parcelado em cerca de 40 vezes (parcelas entre R$ 250 e R$ 300 mil). Com verbas bloqueadas neste início de ano, o clube pediu ao ex-atacante que lhe desse uma carência de alguns meses para o início do pagamento parcelado. Romário aceitou, mas pediu que lhe fossem apresentadas garantias de pagamento.
Foi aí que o Vasco, então, colocou como garantia a verba do sócio torcedor, a partir de junho, pois é nesta data que, possivelmente, os sócios que se associaram em novembro começarão a pagar pelos próximos seis meses.
A dívida com Romário se arrasta há 12 anos, desde 2008, ano da saída do então jogador do clube, e refere-se a indenizações trabalhistas e verbas rescisórias.
O que já foi feito com o dinheiro do Sócio Torcedor:
Se a próxima campanha de associação conseguir manter o número de sócios, o clube terá, de fato, um boa receita para pagar dívidas. No fim do ano passado, o torcedor vascaíno promoveu a maior adesão em massa de um clube de futebol. Em cerca de 15 dias, saiu de pouco mais de 32 mil sócios para mais de 180 mil.
O dinheiro, que entrou em novembro, já foi todo gasto. Sendo mais preciso, dos cerca de R$ 22 milhões recebidos, sobraram apenas R$ 79 mil.
Eles foram gastos da seguinte forma:
- R$ 1 milhão para a empresa que administra o programa (Fëng Brasil);
- R$ 1,5 milhão para fazer e entregar as novas carteirinhas, além da comunicação com os sócios
- Cerca de R$ 8 milhões foram para pagar salários
Os cerca de R$ 10 milhões restantes, foram para as parcelas em atraso do Profut. folha de funcionários e contas de consumo:
"Esses R$ 10 milhões foram utilizados para pagar R$ 2,9 milhões de Profut, folha salarial, acho que R$ 150 mil de energia, Light, mais outros pequenos gastos com operação do clube e no final sobravam cerca de R$ 79 mil reais que ficou como caixa do clube", explicou Campello.