O atacante Thiago Rodrigues da Silva, o Mosquito, tem só 16 anos e já não aparece na área do Vasco há muito tempo. Mas o zumbido da passagem na base vascaína não termina. O jogador apareceu no boletim da CBF do último dia 11, com contrato de empréstimo até o fim de 2013 com o Atlético-PR. Sem o primeiro contrato profissional do atleta, o Vasco teme ficar sem receber como clube formador do jovem, que chegou ao clube em 2009 e ?sumiu? depois de ser campeão sul-americano ano passado.
O departamento jurídico cuida do caso desde 2011, quando Mosquito se afastou do Vasco até firmar contrato profissional com o Macaé. O diretor de futebol amador, Manuel Pereira, garante que o clube não vai sair de mãos abanando no caso.
- Temos cálculos de tudo direitinho. Da alimentação, transporte, escola no Vasco. Com isso pronto, vamos na Ferj, na CBF para buscar nossos direitos - diz o dirigente, que imagina valor superior até mesmo de R$ 2 milhões no ressarcimento.
Mauro Galvão, que assumiu a base do Vasco há pouco mais de um mês, lamenta a situação de Mosquito.
- Este caso foge dos padrões, de um acerto que os clubes fizeram. Recebemos nos últimos dias e-mails e telefonemas de solidariedade. A consciência deve haver de todos lados. Hoje foi com o Vasco, mas amanhã pode ser com outro clube - critica Galvão, que não culpa diretamente o Atlético-PR.
- Eles não tiraram o jogador do Vasco, mas aceitaram receber. Com o São Paulo e outros clubes para quem ele foi oferecido, não foi assim - lembra o capitão da Libertadores de 1998.
Há pouco meses, os empresários de Mosquito chegaram a tentar uma reaproximação com o Vasco. Mas, segundo Mauro Galvão, o caso já estava complicado de se resolver.
- Isso só acontecer depois de levarem o jogador do Vasco, aí não adiantava mais - diz Galvão.