Ronaldinho Gaúcho prestou depoimento à CPI das Pirâmides Financeiras, na manhã desta quinta-feira (31), na Câmara dos Deputados. O ex-jogador movimentou a rotina na casa, que mais pareceu um prestígio ao ídolo do futebol brasileiro do que uma investigação.
A presença do ex-atleta gerou atividade entre os agentes de segurança legislativa, que permaneceram em alerta junto à entrada do plenário onde ocorreu o depoimento. Até mesmo o local do testemunho foi alterado, sendo uma das participações mais aguardadas da comissão.
Pessoas de variadas faixas etárias, incluindo visitantes, servidores, colaboradores e imprensa, procuraram um espaço na esperança de registrar Ronaldinho. A oportunidade especial foi alcançada por apenas um número muito limitado de pessoas ao término do depoimento.
No decorrer da sessão, o parlamentar Alfredo Gaspar (União/AL) perguntou se Ronaldinho estaria disposto a participar de campanhas publicitárias para um sex shop, sob o pagamento de R$ 1 bilhão. Nesse momento, o jogador optou por permanecer em silêncio.
A busca por autógrafos também partiu dos parlamentares. O presidente da comissão, Áureo Ribeiro (Solidariedade/RJ), recordou que possui em sua sala, em Duque de Caxias, uma camiseta do Flamengo autografada pelo ex-jogador. O fato foi curioso em meio ao depoimento.
A declaração surgiu durante a discussão a respeito de como a investigação não tinha motivações pessoais contra Ronaldinho. Porém, esclarecendo o real intuito da sessão, visava exclusivamente esclarecer os aspectos ligados às operações de pirâmides financeiras.
Investigação
A comissão identifica Ronaldinho como o fundador e co-proprietário da 18K Ronaldinho, uma empresa associada à comercialização de criptomoedas, que prometia retornos de até 2% por dia, porém acabou retendo fundos e deixando investidores sem pagamento. Em 2020, Ronaldinho se tornou réu em uma ação coletiva que reivindica R$ 300 milhões em danos aos investidores.