Nesta quarta-feira (16), em um jogo equilibrado, o Flamengo venceu sobre o Grêmio com um placar de 1 a 0 no segundo jogo da semifinal da Copa do Brasil. Com um placar agregado de 3 a 0, a equipe assegurou sua vaga na final do torneio continental. A classificação para a final não apenas abafou as tensões internas, mas também infundiu vigor para a busca de pelo menos um título nesta temporada.
O duelo não chegou a ser um grande um espetáculo, mas Flamengo e Grêmio proporcionaram momentos de destaque no Maracanã. No primeiro tempo, ambos os times tiveram duas excelentes oportunidades de gol, com uma bela defesa de cada goleiro. Na segunda metade, o Tricolor teve que se abrir para o ataque, já que estava atrás no placar e buscava reverter a situação, o que abriu espaços para o Rubro-Negro.
Contudo, é inegável que o Flamengo teve mais uma noite de atuação abaixo do esperado, onde o "amor pelo balón" tão pregado por Sampaoli não foi evidente. A equipe continua a enfrentar as mesmas fragilidades e lutas para dominar o jogo mesmo quando possui a posse da bola. A apresentação mais parece um disfarce do atual estado do clube do que um real sinal de evolução.
Embora o Flamengo tenha enfrentado dificuldades no Maracanã, a vaga na grande final foi muito determinada pelo placar conquistado na Arena do Grêmio. O pênalti convertido nesta quarta-feira fechou o placar, mas também acendeu um alerta sobre a continuação de um trabalho que tem se mostrado frágil e instável até o momento.
O retorno de Pulgar foi o que mais agradou a torcida. O chileno, ausente desde julho devido a lesão, foi escalado como titular e, mesmo sem ritmo de jogo, provou ser indispensável para este time. A inclusão de Erick trouxe consistência e segurança defensiva a um Flamengo que é suscetível e facilmente superado. O volante também desempenha um papel de equilíbrio na equipe, frequentemente encontrando soluções em momentos em que o jogo parece não ter saída.
A separação entre os setores continua sendo um problema, mesmo com o retorno de Pulgar. A falta de entrosamento do jogador destacou novamente uma questão que tem sido mencionada há algum tempo. Há uma desconexão entre a defesa e o ataque do Flamengo, e o meio-campo está ineficiente. É imperativo uma maior aproximação e movimentação para que o jogo flua, permitindo que as individualidades brilhem e resgatem o desempenho coletivo.
O Flamengo, mais uma vez, foi apoiado incansavelmente por sua torcida, que o levou ao colo rumo à final da Copa do Brasil. Agora, é o momento de fazer o que mais de 45 milhões de rubro-negros entoam com fervor: "honrar a tua história, porque tua glória é lutar". A Nação está pronta para impulsionar a equipe quantas vezes forem necessárias, mas a cobrança também será presente, e é essencial distribuir as responsabilidades.
Com fogos de artifício, fumaça rubro-negra, mosaico 3D do "Urubu Brigão", faixas e balões, a torcida cantou sem parar, do começo ao fim. O maior tesouro do Clube de Regatas do Flamengo merece "o respeito e o compromisso" que são exigidos com veemência das arquibancadas.
Para conseguir conquistar o troféu da Copa do Brasil, as demandas da torcida são simples, expressas em suas cantorias: "queremos raça" e, ecoando o hino, Flamengo: "vencer, vencer, vencer". Em um período tumultuado, os rubro-negros pouco se importarão se o título será conquistado com estilo ou não. O que importa agora é resgatar uma temporada extremamente decepcionante e encerrar 2023 com o pentacampeonato como uma gratidão por todo o apoio. A taça, caso seja levantada, será um reconhecimento de todos os corações que "nasceram para te amar". A Nação continuará a apoiar, esperando celebrar mais uma vitória conjunta.