Whindersson Nunes demonstrou coragem e resistência em sua estreia no boxe profissional nesta sexta-feira, durante o evento principal entre Mike Tyson e Jake Paul, realizado em Arlington, nos Estados Unidos. Entretanto, enfrentou o indiano Neeraj Goyat, de maior experiência, e foi superado por decisão unânime dos juízes, com as pontuações de 59-55, 60-54 e 60-54.
os números de ambos
Com um histórico de cinco lutas de exibição, nas quais obteve dois triunfos, dois reveses e um empate, Whindersson ainda não havia enfrentado um profissional ativo. Já Goyat, vinculado à empresa promotora de Jake Paul, acumulava 25 combates no boxe profissional, registrando 18 vitórias, quatro derrotas e dois empates. No confronto, a superioridade técnica do indiano ficou evidente, com 117 golpes conectados e um índice de aproveitamento de 36%, contra os 87 golpes e 22% de aproveitamento do brasileiro.
No início, Whindersson mostrou uma postura mais ofensiva, enquanto Goyat, demonstrando confiança, circulava no ringue com a guarda baixa e desferia combinações de golpes no tronco e uppercuts. Apesar da pressão, o brasileiro resistiu bem aos ataques e terminou o primeiro round revidando.
No segundo assalto, Whindersson manteve sua postura ofensiva, aplicando jabs tanto no tronco quanto no rosto. Contudo, Neeraj, provocando e atraindo o adversário, aproveitou para conectar uma longa sequência de ganchos que deixou o brasileiro recuado no canto do ringue. Apesar da sequência, o indiano parecia focado em pontuar, sem utilizar muita força.
Instigado por seu técnico, Whindersson intensificou seus ataques e conseguiu encaixar bons ganchos. Goyat, aparentando certo cansaço, ainda assim conseguiu conectar cruzados e ganchos precisos. Em determinado momento, o indiano chegou a realizar gestos provocativos, segurando o brasileiro por trás e simulando movimentos inapropriados, sem que o árbitro aplicasse qualquer penalidade.
Ao longo do combate, Whindersson continuou tentando pressionar, mas demonstrava dificuldades diante dos jabs e da movimentação estratégica de Goyat, sem criar oportunidades claras para expor a guarda do oponente. O indiano, por sua vez, seguia com combinações ágeis e conduzia o adversário a situações desfavoráveis, intensificando os ataques na cabeça no quinto assalto.
No sexto e último round, Goyat já exibia sinais de comemoração e continuava provocando. Apesar disso, Whindersson seguiu lutando, conectando uppercuts e cruzados, além de golpes no tronco. O indiano, no entanto, não parecia afetado e também continuou desferindo seus ataques. Nos instantes finais, o brasileiro abriu os braços e demonstrou resistência, absorvendo os últimos golpes da luta.