Um lance preocupou àqueles que assistiram a vitória do Iranduba por 3 a 1 sobre o Princesa, fora de casa, no estádio Gilbertão, em Manacapuru, pela última rodada da fase de grupos do turno do Campeonato Amazonense.
Aos 40 minutos de jogo, quando o placar apontava 0 a 0, o zagueiro Natan, do Iranduba, dividiu bola no ar junto de Rafael Viera, do Princesa, que abriu demais o braço e acertou uma cotovelada no rosto do defensor adverársio, que caiu no gramado para receber atendimento médico.
O árbitro da partida, Edmar Campos da Encarnação, não deu amarelo e muito menos falta a favor do Hulk da Amazônia. Natan, sangrando muito, foi substituído na hora e rumou para o hospital. Ele levou 13 pontos, sendo três nas pálpebras e 10 na bochecha esquerda.
- Estou com dor, levei 13 pontos. Fui brigar pela bola na área, mas o jogador do Princesa (Rafael Vieira), não sei se intencional ou não, deixou o braço no meu rosto. Se fosse eu (que tivesse dado a cotovelada), os caras (arbitragem) com certeza dariam cartão para mim - argumentou,
Depois, já com curativo no rosto, Natan ainda retornou ao estádio para assistir os minutos finais do confronto, que culminou na primeira vitória do Verdão na edição de 2019.
Ao GloboEsporte.com, ele disse que, como os médicos não comentaram sobre possível repouso, ele vai treinar na semana como se nada tivesse acontecido.
- O médico (do Iranduba) falou que eu não tinha condições mais de jogo e que teria que tomar pontos. Quando cheguei no hospital, o médico não falou nada de repouso. Vou treinar normal, depois vou em algum posto para tirar os pontos - acrescentou.
O curioso é que foi somente após a saída de Natan que o Iranduba engrenou na partida. Sem ele durante todo o segundo tempo, o clube marcou os três gols da vitória, mas também sofreu um, contra de Luizinho, já aos 43 minutos.
Árbitro ignora informações na súmula
Após não marcar nenhuma infração no momento da jogada, Edmar Campos da Encarnação ignorou que ela tenha acontecido. Na súmula do jogo, o árbitro relatou que "nada houve de anormal". O documento foi assinado pelo delegado Felipe Monteiro dos Santos.
A partida, vale destacar, não precisou ser paralisada por conta da saída da ambulância. Isso porque além dom veículo da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), responsável por encaminhar o atleta ao hospital, havia uma outra do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Uma informação que deveria ter sido relatada, no caso, foi o atraso de 12 minutos para iniciar o confronto, visto que o estádio estava sem policiamento. Também foi ignorado por Edmar Campos da Encarnação, que colocou o horário de início às 15h30, como se não tivesse sido atrasado.