Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) nomeou a nova variante do coronavírus como "ômicron", uma criptomoeda com o mesmo nome disparou em popularidade e chegou a valorizar quase 1.000%.
A semelhança entre as duas coisas para por aí, já que o ativo digital não tem relação com a pandemia e a valorização é fruto da especulação do mercado.
Na última quinta-feira (25), antes de a nova cepa ganhar um nome, o token digital valia cerca de US$ 65 (cerca de R$ 364, na cotação atual), segundo dados do site especializado CoinMarketCap. A partir do sábado, a escalada começou. O pico ocorreu no domingo, quando a criptomoeda foi negociada a US$ 711 (R$ 3.990) – uma valorização de 993%.
O valor da "Omicron" caiu desde então, mas continua em alta em relação ao momento anterior das notícias sobre a variante do coronavírus. Ela está avaliada em cerca de US$ 481 (R$ 2.699) nesta quarta (1º), alta de 640% na comparação com a semana passada.
Não é possível dizer a data exata do lançamento do token "Omicron", mas ele é recente. Os dados sobre seu preço no site CoinMarketCap estavam disponíveis apenas a partir de 8 de novembro.
Segundo a agência de notícias Reuters, um canal do Telegram com o nome de OmicDAO foi lançado um dia antes.
A descrição do ativo em seu site oficial afirma que ele é uma moeda digital voltada para reserva de valor. Para isso, cada token é lastreado em um conjunto de ativos diferentes, como a moeda digital USDC, que tem seu valor pareado ao dólar.
Ainda assim, como as movimentações de mercado mostram, é uma criptomoeda sujeita à volatilidade.
Do "squid game" ao dogecoin, as criptomoedas menores se beneficiaram neste ano de ligações com memes ou com a cultura da web, registrando booms e quedas. Enquanto isso, nomes mais tradicionais, como bitcoin, cresceram em popularidade.