Uma bebê de 32 semanas de gestação, atingida por um tiro enquanto ainda estava na barriga da mãe, uma adolescente de 15 anos, na cidade de Imperatriz, passou por uma cirurgia para remoção do projétil da perna esquerda. O procedimento foi realizado na Maternidade de Alto Risco de Imperatriz (MARI), a 629 km de São Luís, na tarde desta segunda-feira (17).
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão (SES-MA) após a cirurgia, a bebê retornou para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, onde está internada. O quadro de saúde da criança é considerado estável. A cirurgia foi realizada após a mãe passar por uma cesárea de emergência. O estado de saúde da adolescente também é estável.
ENTENDA O CASO
A adolescente de 15 anos foi baleada na noite de domingo (16), na rua 14, no bairro São José, em Imperatriz, na região tocantina. De acordo com a Polícia Militar do Maranhão (PM-MA), a vítima estava na porta de casa com seu companheiro, identificado como Douglas Sousa, de 20 anos, quando foram surpreendidos por dois homens que dispararam diversas vezes contra o casal.
Os tiros atingiram a barriga da adolescente, que foi socorrida e levada para a Maternidade de Alto Risco de Imperatriz, onde passou por uma cesárea de emergência. Exames de imagem revelaram que um dos tiros havia atingido a perna esquerda do bebê. O companheiro da adolescente também foi atingido e levado para o Hospital Municipal de Imperatriz, onde passou por cirurgia. Não há informações sobre seu estado de saúde.
Investigações
A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) iniciou um inquérito para investigar o caso. As investigações preliminares sugerem que Douglas Sousa, companheiro da adolescente, estaria envolvido com facções criminosas e teria dívidas relacionadas a drogas, o que pode ter sido a motivação do crime.
"Infelizmente, ainda não temos imagens, mas estamos em campo para coletar mais informações sobre a dinâmica do ocorrido. Temos indícios de que essa ocorrência foi motivada por dívidas de drogas, especialmente em relação ao rapaz que foi atendido, ele estava devendo para uma facção," explicou o Major Leonardo Oliveira, comandante do 3º BPM.