Nos dias 1º e 2 de outubro, a Polícia Federal (PF) apreendeu R$ 830 mil em espécie em operações realizadas em São Luís, no Maranhão. As ações foram motivadas por denúncias de crime eleitoral, com suspeita de que o dinheiro seria utilizado para a compra de votos nas eleições municipais.
No primeiro dia de operações, 1º de outubro, foram apreendidos R$ 45 mil com um homem abordado em frente ao Comando Geral da Polícia Militar, após ter retirado a quantia em um comitê político. De acordo com a PF, o suspeito deu versões contraditórias sobre a origem e o destino do valor, levantando suspeitas de envolvimento em práticas ilícitas.
Ainda no mesmo dia, um casal foi abordado na agência do Banco do Brasil no bairro Renascença, logo após realizar o saque de mais R$ 45 mil em outra agência, no bairro Calhau. Assim como o primeiro suspeito, o casal não apresentou informações coerentes sobre a origem e finalidade do montante.
INVESTIGAÇÕES E SUSPEITAS DE LAVAGEM DE DINHEIRO
Os três indivíduos foram levados à Superintendência da Polícia Federal para prestar esclarecimentos. As autoridades suspeitam de um esquema maior envolvendo saques ilegais para a compra de votos durante o período eleitoral. A PF instaurou um procedimento de investigação para aprofundar as apurações.
APREENSÃO DE R$ 787 MIL NO SEGUNDO DIA
No dia 2 de outubro, a PF voltou a realizar operações em São Luís e apreendeu mais de R$ 787 mil em espécie. O montante estava em posse de duas pessoas, que foram abordadas nas proximidades de uma agência do Banco do Brasil. O dinheiro estava dividido em duas mochilas, e, assim como no caso anterior, os suspeitos não conseguiram explicar a origem ou o destino da quantia.
Os dois homens foram encaminhados à Superintendência da PF, onde foram ouvidos e posteriormente liberados. Após os depoimentos, a autoridade policial determinou a apreensão do dinheiro e dos celulares dos envolvidos, para dar continuidade às investigações.
INDÍCIOS DE CRIMES ELEITORAIS E LAVAGEM DE DINHEIRO
De acordo com a PF, todos os valores apreendidos apresentam indícios de origem ilícita, e as investigações continuarão. A suspeita é de que o dinheiro esteja ligado a um esquema de lavagem de dinheiro e caixa dois eleitoral, além de possível falsidade ideológica eleitoral.