
Traficantes e milicianos aterrorizam o Rio de Janeiro com um novo esquema criminoso: a destruição da infraestrutura de operadoras de telefonia para controlar o serviço de internet em diversas áreas da cidade. A Polícia Civil deflagrou uma operação que resultou no fechamento de uma operadora clandestina na Zona Oeste, expondo o modus operandi das organizações criminosas.
Ataques e extorsões
De acordo com informações apuradas pela repórter Bárbara Carvalho, da Globonews, o esquema criminoso funciona da seguinte forma: as organizações atacam instalações de empresas de telefonia e internet, forçando os clientes a contratarem serviços clandestinos a preços abusivos e extorsivos. Casos como o da Leste Telecom, que teve seu carro destruído ao atender um cliente em Niterói, revelam a violência e o terror impostos pelas facções. Ataques semelhantes foram registrados em dezembro e se repetiram em Braz de Pina e Realengo, onde criminosos cortaram cabos de internet e obrigaram moradores a contratarem seus serviços.
Onda de ataques
Moradores de condomínios do programa Minha Casa Minha Vida, no Estácio e na Zona Norte, também relataram ataques e a impossibilidade de restabelecerem seus serviços com a Claro, que alega questões de segurança. A SSP não se manifestou sobre o caso. A Associação de Empresas Proprietárias de Infraestrutura e de Sistema Privado de Telecomunicações se reunirá, nesta sexta (28), para discutir o problema.
Expansão territorial
A Polícia Civil investiga a relação entre o crime organizado e a exploração dos serviços de internet, que se tornaram uma fonte de renda para o tráfico de drogas e a expansão territorial das facções. A operação da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados desarticulou um provedor clandestino ligado à facção Amigo dos Amigos, em Realengo, expondo a ligação entre o crime e a internet clandestina.
Regiões
Os bairros mais atingidos: Senador Camara, Niteroi, São João de Meriti, Bras de Pina, Penha, Olaria, Inhauma, Estácio, Piedade, Senador Camara, Niteroi, Cordovil, Madureira