Operários a serviço da Prefeitura do Rio retiraram, às 6h40 desta sexta-feira (09/08), os corpos das vítimas da queda de uma viga de um viaduto em Coelho Neto, Zona Norte do Rio de Janeiro na noite de quinta (8). As informações são do G1.
São eles:
Adeir dos Anjos Peixoto, de 62 anos, que dirigia um caminhão carregando contêineres;
Deivid Sangi da Costa, 29 anos, auxiliar.
Foram praticamente 12 horas de trabalho, entre serragem da estrutura e içamento de partes, até a remoção do primeiro corpo.
Como foi o acidente
Testemunhas dizem que o motorista bateu em uma viga recém-instalada, que reduziu a altura da estrutura. A viga de concreto, que pesa 55 toneladas, caiu em um contêiner. Adeir tentou sair de ré, mas toda a estrutura acabou desabando sobre a cabine.
Dois guindastes foram acionados pra içar as novas vigas do viaduto. A primeira foi erguida às 2h. Só depois da retirada da segunda viga é que os corpos das vítimas puderam ser removidos pelos bombeiros.
Prefeitura culpa caminhoneiro
A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação divulgou uma nota no início da madrugada. “Um caminhão carregando contêineres, com a altura acima do permitido, atingiu a viga pré-moldada que faz parte das obras de alargamento do viaduto de Coelho Neto, na Avenida Brasil”, afirmou.
O texto citava ainda uma norma padrão que trata dos gabaritos de obras. “Em vias expressas ou estruturais, esse gabarito é de 5,80 metros. Já nas vias arteriais, o caso dessa, o gabarito é de 4,80 metros”, detalhou.
A viga, ainda segundo a secretaria, atendia às normas técnicas vigentes. O órgão assegurou que há sinalização referente aos limitadores de altura em toda a cidade.
A TV Globo apurou, no entanto, que a altura do caminhão somava 4,30 metros - 1,40 m da base mais 2,90 m do contêiner - meio metro abaixo do limite especificado.