![Dique na avenida Boa Esperança | Leo Vilari](/uploads/imagens/2019/1/4/13-bairros-podem-ser-atingidos-com-rompimento-de-dique-0d8d5eeb-2771-4763-b465-28a5a710f5c8.jpg)
Estudos de georreferenciamento realizados por técnicos especializados apontam que, assim como ocorreu na década de 1980, em caso de uma enchente, o dique localizado na avenida Boa Esperança, na zona Norte de Teresina, pode vir a romper. Márcio Sampaio, diretor-geral do Programa Lagoas do Norte, reforça que atualmente não há nenhum tipo de vazamento no dique, mas que por medida de precaução é necessário realizar reparos emergenciais para garantir tanto o funcionamento do dique, quanto a segurança da população.
Os diques são responsáveis pela limitação entre os Rios Poti e Parnaíba e evitam alagamentos na região Norte da capital. Caso o dique venha a romper nos próximos invernos, pelo menos treze bairros da região Norte seriam atingidos diretamente pela força da água. Na região, moram aproximadamente 250 mil pessoas.
![(Crédito: Leo Vilari)](/uploads/imagens/2019/1/4/84321016-f37e-4a26-8d73-42b71d57c8b1.jpg)
“Primeiro, queremos deixar bem claro que nós não temos notificação de nenhum órgão de um rompimento imediato e queremos deixar a população despreocupada de que não há nenhum vazamento ou risco de desabamento pelos próximos dias. A preocupação existe dentro da requalificação daquela área. Contratou-se profissionais para estudar a estrutura do dique e no relatório ficou bem claro que o dique precisa de uma reformulação, uma vez que, em caso de uma forte chuva, as estruturas podem vir a romper. Esse é o alerta e é necessário de um alteamento e restruturação imediata”, esclarece Márcio Sampaio.
Ainda de acordo com o diretor, os técnicos do Programa Lagoas do Norte e os consultores do Banco Mundial têm se unido para aprovar um termo de referência até o fim de janeiro, para contratação de uma empresa que fará um levantamento dos diques do Poti e Parnaíba e montará um plano de engenharia para indicar quais os passos para a reestruturação do dique e reassentamento das famílias que sejam totalmente atingidas no caso de um possível rompimento.
“O dique que envolve toda a região do Mocambinho não necessita de restruturação, mas o da Avenida Boa Esperança, se houver uma enchente ou alguma invasão, todos os bairros daquela região podem ser atingidos, por isso surge a possibilidade de desapropriação da área para garantir a segurança da população que reside na região”, acrescentou.
A previsão é de que o plano de engenharia esteja pronto até o fim de 2019 para reestruturação e alteamento na cota de coroamento do dique para, justamente, impedir que a força das águas, em caso de uma forte enxurrada, atinja as residências. “Tudo que estamos fazendo está sendo acompanhando pelo Ministério Público Estadual e cumprindo todas os acordos fechados em reunião, para a elaboração do projeto de engenharia de reparo do dique, solucionando o problema e garantindo segurança aos moradores da zona Norte”, pontuou.