2 mil famílias vivem em casas de taipa em vila de Teresina

A regularização fundiária ainda não aconteceu na vila Irmã Dulce

A situação dos habitantes da Vila Irmã Dulce, zona Sul de Teresina, continua a mesma de 14 anos atrás | Jornal Meio Norte
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A situação dos habitantes da Vila Irmã Dulce, zona Sul de Teresina, continua a mesma de 14 anos atrás, quando o espaço foi ocupado. A regularização fundiária nunca aconteceu e a cada dia aumentam os transtornos de quem vive no local.

O risco de serem retirados de suas casas a qualquer momento ainda amedronta os moradores que investiram altas quantias na construção de comércios e residências e das mais de duas mil famílias que ainda vivem em casas de taipa.

Márcia Silva, que mora em uma casa simples da avenida principal da vila, conta que já tentou várias vezes conseguir um financiamento junto à Caixa Econômica Federal para construir uma residência melhor, mas não consegue, devido à falta de regularização fundiária do espaço.

Por causa disso, ela vive em uma casa de taipa com sua família. ?É muito complicado viver em uma casa assim. Neste período de chuva as paredes caem e quando não caem, a água acaba abrindo buracos e tudo isso é um transtorno muito grande. Viver com meus três filhos em uma casa como essa é complicado?, lamentou.

Já o aposentado Raimundo Francisco de Sousa, que mora no local há 14 anos, conta que foi construindo sua casa aos poucos e hoje ele mora em uma boa residência, mas vive com medo de perder tudo a qualquer momento.

?Eu investi muito dinheiro. Tudo por minha conta, porque também não consegui financiamento, mas tenho medo, pois nossa situação é muito incerta, já que nunca houve a regularização fundiária dessas terras?, disse.

Com o objetivo de pedir ao poder público que agilize essa regularização, os moradores realizaram ontem uma manifestação pelas ruas da Vila. O presidente da Associação de Moradores, José Leônidas da Silva, conta que esse processo de regularização está em andamento desde que o local foi ocupado pelas famílias.

?Na época, a prefeitura ficou de regularizar as terras, mas nunca fez isso e hoje um dos donos dela já disse que quer o terreno de volta e isso nos deixa em uma situação complicada?, pontuou.

Hoje são cerca de 40 mil habitantes, sendo dez mil famílias vivendo nessa situação de irregularidade.

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