Uma nova onda de vírus respiratórios voltou a lotar as alas pediátricas de hospitais em alguns países. Segundo especialistas, um fenômeno muito menos grave do que o da pandemia de coronavírus. Hoje, a maioria dos infectados por covid apresenta sintomas leves, que não exigem internação hospitalar.
No entanto, a confluência de germes está gerando o que alguns chamam de "tripledemia". Trata-se de três epidemias que coexistem e voltaram a lotar hospitais em várias partes do continente americano, especialmente infantis.
Países mais afetados
Consta segundo os dados epidemiológicos mais recentes da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que os países mais afetados na região são os Estados Unidos, no hemisfério norte, e as nações mais austrais do hemisfério sul — Argentina, Chile, Uruguai e Brasil.
Nesses países, há uma combinação dessas três doenças respiratórias. Por um lado, a covid continua, com novas variantes muito menos letais que as originais, mas muito mais contagiosas.
Predominante
Mas o vírus SARS-CoV-2, causador da covid-19, não é mais o vírus predominante. Esse posto está sendo ocupado pelo vírus Influenza A, com duas variantes diferentes que causam a chamada gripe suína (que gerou sua própria pandemia em 2009-2010).
O "combo triplo" é completado pelo vírus sincicial respiratório (VSR), uma das infecções mais comuns em bebês, que causa bronquiolite e pneumonia.
Os três vírus apresentam sintomas parecidos. São eles, a febre, congestão, tosse, dor de cabeça e dor de garganta. Para a maioria das pessoas, eles representam um risco: bastam alguns dias de repouso e medicação para tratar os sintomas, se necessário.
Fatores de risco
O mesmo não se aplica para outros casos. Aqueles com sistemas imunológicos mais vulneráveis — como bebês, idosos ou aqueles que apresentam fatores de risco —, podem ser perigosos.
E, quando todos atacam ao mesmo tempo, podem deixar os sistemas de saúde à beira do colapso e criar um problema de falta de funcionários no trabalho devido ao número de pessoas doentes ao mesmo tempo.
EUA em alerta
A imprensa nos EUA está noticiando que os hospitais infantis já estão sofrendo com o número alto de crianças que chegam com problemas respiratórios.