315 mil imóveis continuam às escuras na Grande São Paulo

Devido à falta de energia, 29 escolas estaduais suspenderam suas aulas na segunda-feira em todo o estado

Escuridão atinge São Paulo | Rovena Rosa / Agência Brasil
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Após uma intensa tempestade que afetou a Grande São Paulo há mais de três dias, cerca de 315 mil residências continuam sem energia elétrica. empresa Enel esclareceu que conseguiu restabelecer o fornecimento em 85% dos 2,1 milhões de imóveis que ficaram sem energia em razão da tempestade ocorrida na sexta-feira (3).

Gestores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estiveram reunidos, nesta segunda-feira, 6, com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), para solicitar explicações sobre as falhas no fornecimento de energia.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) também anunciou que abrirá uma investigação ainda nesta semana para apurar possíveis omissões por parte da concessionária Enel no processo de restabelecimento da energia para os consumidores da Região Metropolitana de São Paulo. A Defensoria Pública de São Paulo enviou um ofício à Enel nesta segunda-feira (6) requisitando esclarecimentos sobre as interrupções no fornecimento de energia elétrica na capital.

Devido à falta de energia, 29 escolas estaduais suspenderam suas aulas na segunda-feira em todo o estado, segundo informações da Seduc. Além disso, várias escolas em municípios da Grande São Paulo também precisaram ser fechadas devido à falta de eletricidade.

Em Taboão da Serra, onde nove escolas foram fechadas, moradores protestaram durante o dia exigindo o restabelecimento da energia. Em Cotia, desde a última sexta, alguns residentes estão sem energia, recorrendo ao uso de lanternas de celulares para se locomover na cidade.

A situação da falta de energia afetou não apenas as escolas, mas também o funcionamento de semáforos, com 77 deles ainda inoperantes na capital. Segundo a prefeitura, 125 árvores caídas precisam ser desenergizadas antes que as equipes possam iniciar o trabalho de remoção.

Em uma área da Zona Oeste da capital, moradores ficaram sem energia por aproximadamente 70 horas, causando dificuldades e perdas de alimentos. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) responsabilizou a Enel pela demora na resolução do problema, observando que ainda há 413 mil consumidores sem energia na cidade de São Paulo.

Além disso, o prefeito afirmou que as chuvas de sexta-feira afetaram até mesmo "árvores saudáveis", e ele planeja solicitar um plano de contingência à Enel para prevenir desastres decorrentes das mudanças climáticas. A gestão municipal também anunciou a necessidade de acelerar o processo de enterramento de fios, mas enfrenta desafios legais relacionados à exigência desse tipo de medida das concessionárias de energia.

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