40% dos boxes do Shopping da Cidade estão inadimplentes

Esse número é um retrato da crise econômica que assola o país

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Segundo informações da Prefeitura Municipal de Teresina, 40% dos boxes do Shopping da Cidade estão inadimplentes. Para manter um ponto comercial no local, é preciso pagar uma taxa mensal de R$ 126 para o boxe menor e R$ 150 para o boxe menor. Segundo a administração, esse número é um retrato da crise econômica que assola o país e o mundo.

Ao todo, são 1.823 boxes em funcionamento no Shopping da Cidade. “Nós temos aproximadamente 40% dos boxes inadimplentes nestes últimos dois meses, e atribuímos isso à falta de vendas. E o Instituto de Negócios do Piauí vem convocando através de cartas os inadimplentes, para que os permissionários honrem essas taxas”, explica Gustavo Carvalho, administrador do shopping.

Alguns estão fechando mais cedo, justamente pela falta de clientes. “O nosso Estado está em crise. Temos feito divulgações, propagandas, colocado na TV, rádio, promoções, sorteio de brindes com o intuito de colocar o cliente dentro do shopping. No entanto, temos que honrar nossos compromissos e fornecedores, por isso a importância de pagar as taxas em dia”, continua o administrador.

O não pagamento dessas taxas atrapalha o funcionamento do shopping como um todo. “É preciso que o permissionário se sensibilize que elevador, escada rolante, iluminação, limpeza e demais serviços que oferecemos em seis anos de shopping da cidade só vão funcionar com o pagamento das taxas”, relata Gustavo Carvalho.

Mas ainda assim os permissionários correm o risco de perder seus pontos comerciais. “Não temos interesse nenhum em lacrar boxes. Mas eles têm um contrato assinado, com cláusulas para garantir o funcionamento do espaço como um todo”, conclui o administrador, que trabalha em conjunto com o Instituto de Negócios do Piauí.

Permissionários sentem no bolso a crise financeira

Passeando pelo Shopping da Cidade é possível sentir os ventos da crise. Comparada ao ano passado, a visitação está bem mais fraca. Na tarde de ontem, corredores vazios marcaram o setor de eletrônicos. Mas não importa em qual setor, a resposta é uma só: a crise financeira não está fácil.

Os vendedores de acessórios para celular são os que mais reclamam. De películas a capas protetoras de smartphones, o prejuízo está batendo as portas. “As vendas diminuíram em mais de 50%. Os clientes não vêm mais como antes. Estamos assim desde o ano passado, pois a crise aumentou e muito”, afirma Edilane Alves.

No setor de confecções a situação está igual. “De agosto de 2014 para agosto deste ano as vendas diminuíram pela metade. Em setembro deu uma melhorada, mas esperamos que no final do ano o comércio pague os prejuízos, com o natal e o ano novo”, espera Rosário Lima.

E um dos comércios mais tradicionais do Shopping da Cidade, que é a venda de castanhas, também não escapou da crise. “Os doces, as castanhas de caju, tudo teve diminuição nas vendas. Nossos clientes evaporaram. Mas é torcer para que melhore, não é?”, indaga Gleicy Araújo.

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