Já foram registrados neste ano, em Teresina, 8.417 casos de dengue, o que corresponde a 54% do que foi registrado em todo o Estado. O dado mostra um aumento significativo no índice da doença na capital, que em anos anteriores costumava concentrar algo em torno de 30% dos casos de dengue de todo o Piauí. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) e são referentes ao período de janeiro a 23 de novembro deste ano.
Com isso, Teresina apresenta um crescimento da doença de cerca de 24% em relação ao mesmo período do ano passado, dado que preocupa as autoridades em saúde da capital.
Esse é o ano que a capital registrou o maior índice de crescimento da doença, nos últimos tempos, segundo informou o coordenador de Vigilância Ambiental da Sesapi, Inácio Lima. ?Desde o início do ano Teresina vem apresentando esse crescimento, mas precisa ser controlado?, alertou.
Segundo Inácio, é necessário que se tome mais cuidado com a doença, sobretudo por causa da aproximação do período chuvoso, quando os índices da doença tradicionalmente aumentam.
Dentre os cuidados mais básicos e mais urgentes está o cuidado com o espaço domiciliar, onde são registrados 90% dos focos da doença. ?As pessoas precisam tomar cuidado com os seus quintais, com o seu lixo, nunca deixar água exposta para que vire foco do mosquito?, disse.
Em todo o Estado o aumento do número de casos da doença foi de 16%, em relação ao mesmo período do ano passado, com o registro de 15.516 casos. Depois de Teresina, os municípios que registraram o maior número de casos foram Parnaíba, com um total de 991, seguido de Piripiri, com 556 casos.
?Apesar de haver um crescimento de 16% em todo o Piauí, isso não preocupa tanto, já que esse crescimento já foi controlado, esse percentual de 16% é referente ao aumento registrado no primeiro semestre, mas desde o mês de setembro que esse número foi estabilizado?, garantiu Inácio.
Ainda de acordo com os dados divulgados pela Sesapi, foram registrados cinco óbitos por conta da dengue em Teresina, Floriano e União. Outras duas mortes estão sob investigação na capital e em Pedro II.