O acidente com o avião da TAM que vitimou 199 pessoas em frente ao aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, completa cinco anos nesta terça-feira (17). Para marcar a data, a praça que homenageia as vítimas, batizada de Memorial 17 de Julho, será inaugurada no mesmo local onde o Airbus 320 da empresa se chocou contra um prédio da mesma companhia, na avenida Washington Luiz, em 2007.
Às 17h30 de hoje será celebrada uma missa campal no local (avenida Baronesa de Bela Vista, altura do nº 196 ? Campo Belo), seguida da cerimônia de inauguração, que deve começar às 18h45. Às 18h51, horário exato da explosão do avião, será feito um minuto de silêncio. As atividades contarão com a presença do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), e de familiares e amigos das vítimas. A TAM não soube confirmar se algum representante da empresa participará do ato.
As obras começaram em dezembro do ano passado. Com área total de 8.318 m² e investimento de R$ 3,6 milhões --provenientes da Prefeitura de São Paulo--, a praça tem espaço de convivência e um espelho d?água com os nomes de todas as vítimas, que também são lembradas nas 199 lâmpadas de LED instaladas no local. Também foram colocados 25 postes, com três focos de luz cada um --as luzes estão dispostas de tal forma que fazem um círculo de 360º. A amoreira que resistiu à tragédia é um dos principais símbolos usados no memorial.
Para o presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAMJJ3054 (Afavitam), Dario Scott, manter a árvore lembra o apego que se deve ter à vida. ?Aquele lugar é um solo sagrado. A árvore que sobreviveu tem um significado de vida e de resistência de como superar esta tragédia?, afirma. Para ele, a inauguração do memorial é um marco para a cidade e fará com que as autoridades, as companhias aéreas e as pessoas que trabalham no aeroporto e no entorno nunca esqueçam do que aconteceu. Dario perdeu a única filha, de 14 anos, no acidente.