Ações de empresa de Eike “desabam” 12,5% em estreia na Bovespa

companhia levantou R$ 2,82 bilhões com seu IPO, menos de 30% do máximo previsto originalmente, de quase R$ 10 bilhões.

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A ação da OSX, empresa de equipamentos para a indústria de petróleo do bilionário Eike Batista, exibiu forte queda na estreia na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta segunda-feira, com investidores cautelosos com novas listagens de companhias na bolsa. O papel terminou o dia valendo R$ 700, com desvalorização de 12,5%. Na mínima do pregão, a ação chegou a ser negociada a R$ 680,01.

Na semana passada, a OSX teve que reduzir a quantidade de ações e o preço sugerido por papel para conseguir atrair compradores em sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

A companhia levantou R$ 2,82 bilhões com seu IPO, menos de 30% do máximo previsto originalmente, de quase R$ 10 bilhões.

"Investidores estão realmente inseguros e pouco confortáveis com o desempenho das ações dos últimos IPOs no mercado doméstico", disse o operador Renato Tavares, da Intrader, em São Paulo.

Na cerimônia de estreia da OSX na Bovespa, Eike disse a jornalistas que não poderia falar especificamente sobre sua mais nova empresa na bolsa.

De maneira geral, Eike reconheceu que os mercados de capitais estão difíceis no momento, mas afirmou que devem se recuperar provavelmente em algum momento do segundo semestre.

Além da OSX, outras empresas de Eike com ações na Bovespa são MMX Mineração, LLX Logística, OGX Petróleo e MPX Energia - a maioria delas apresenta valorização expressiva desde a chegada à bolsa. "O mercado foi muito generoso com as empresas "X", disse Eike.

O "X" nos nomes de todas as companhias de Eike é uma alusão ao sinal matemático da multiplicação.

Em comum, todas as empresas de Eike foram para a Bovespa em estágio pré-operacional, sem receita e lucro. "Essa história de só investir em empresas que geram caixa hoje mudou", afirmou.

"São três, quatro anos pra esses projetos ficarem de pé, mas depois eles geram caixa", disse, referindo-se aos negócios de todo o grupo EBX, holding de Eike que controla suas empresas.

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