Acordo é assinado e greve dos ônibus chega ao fim oficialmente em Teresina

O ato, que marca o fim da greve dos ônibus em Teresina oficialmente, foi mediado pela desembargadora Liana Chaib, na sede do Tribunal Regional do Trabalho.

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O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) assinou, nesta terça-feira (12), a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) referente às reivindicações de carga horário e salário dos trabalhadores do sistema de transporte público da capital. O acordo foi assinado após mais de duas horas de negociações entre Setut e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro) .

O ato, que marca o fim da greve dos ônibus em Teresina oficialmente, foi mediado pela desembargadora Liana Chaib, na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região, em Teresina, e pelo procurador-geral do município Aurélio Lobão. 

Na segunda-feira (11), os motoristas e cobradores de Teresina aceitaram a proposta feita pelo Setut, por unanimidade.

"Com a assinatura, ficou combinado que os motoristas e cobradores retornarão aos seus postos de trabalho e a greve chega ao fim hoje. É um grande passo, foram três anos de sofrimento, muita dificuldade, não era o que a gente queria, é um grau de cada vez, mas finalmente chegamos na felicidade de assinar a convenção. O salário é pouco para quem transporta vidas, mas já é um avanço", falou Antônio Cardoso, presidente do Sintetro.

O procurador-geral do município, Aurélio Lobão, informou que a Prefeitura de Teresina irá repassar R$ 1,2 milhão ao Setut, além da chance de inclusão de outros benefícios para a recuperação do sistema.

"Retornando os serviços e honrando seus pagamentos dos seus trabalhadores, o repasse de R$ 1,2 milhão será feito a todas as empresas. Nesse parâmetro, foi apresentada também a possibilidade de um auxílio em virtude da alta dos combustíveis e dos reflexos que essa convenção vai implicar na relação com os trabalhadores. Com isso, haverá a possibilidade de incrementar um requerimento contratual de até R$ 850 mil", falou.

Segundo o procurador, o acordo firmado entre a Prefeitura de Teresina e as empresas de transporte coletivo só liberaria o repasse de valores referentes às dívidas pretéritas aos empresários caso não houvesse paralisação na prestação dos serviços. Como houve paralisação, o governo do prefeito Doutor Pessoa segurou o repasse até que fossem formalizadas as reivindicações das empresas e dos trabalhadores.

"A assinatura da convenção coletiva é uma grande consquista. A partir de agora, eles têm um instrumento que garante uma progressão na carreira deles", disse a desembargadora Liana Chaib.

O salário do motorista de ônibus ficou fixado em R$ 2.000,00, enquanto o de cobrador ficou R$ 1.231,00 e fiscal R$ 1.325,00. Ficou definido ainda que os trabalhadores também receberão os auxílio-alimentação de R$ 170 e auxílio-saúde de R$ 60, benefícios que não estavam sendo pagos desde 2020.

A greve dos motoristas e cobradores de ônibus durou 23 dias. 

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