O analista de sistemas Mario Henrique Rodrigues Lopes, de 28 anos, acusado de ter matado a mulher, Thalita Juliane Paiva, a marteladas em junho do ano passado, vai passar por um novo exame psiquiátrico, que irá atestar se ele tinha condições ou não de responder pelos seus atos no dia do crime. O pedido foi feito pela promotora Fabíola Lima, que atua junto à 1ª Vara Criminal da capital, onde corre o processo pelo qual Mario Henrique responde. Após a solicitação, o juiz Fabio Uchôa determinou, em dezembro passado, que uma nova análise seja feita.
O acusado já foi avaliado uma vez, em novembro de 2013. Dois psiquiatras constataram que ele estava inconsciente no momento do homicídio, após ter ?transtorno psicótico agudo e transitório?. Para a promotora, no entanto, as atitudes de Mario Henrique após ter matado a esposa não são compatíveis com o de uma pessoa tão desnorteada, mas sim de alguém que queria esconder o que fez.
Após o crime, de acordo com depoimentos de testemunhas na primeira audiência do caso, o acusado tomou banho e não atendeu os policiais que foram até a sua casa depois de serem acionados pelos vizinhos, que ouviram a discussão do casal.
Mario Henrique será novamente avaliado no Hospital Penitenciário Heitor Carrilho, no Complexo de Gericinó. Ainda não há previsão de quando isso deve acontecer. O acusado está preso.
O crime
Talita foi encontrada morta a marteladas, em junho do ano passado, no apartamento onde morava com o marido, em Vila Isabel. Mario Henrique saiu do local de madrugada, e depois acabou sendo localizado, totalmente desorientado. Ele se tornou o principal suspeito pelo crime. Aos parentes, a jovem relatou que o marido vinha apresentando um comportamento estranho. Antes do crime, a bancária contou a uma amiga, pela internet, sobre os problemas que vinha enfrentando: "Não posso entrar em detalhes agora, mas meu marido está tendo surto psicótico, tipo esquizofrenia. Ele está possuído há uma semana?. Os dois haviam se casado menos de um mês antes do crime.