O Promotor de Justiça Márcio Giorgi Carcará Rocha representou o Ministério Público do Estado do Piauí durante uma sessão do Tribunal do Júri, de grande repercussão, realizada na cidade de Parnaguá. O representante do MPPI sustentou a tese de homicídio qualificado por motivo fútil, a qual foi acatada pelo Conselho de Sentença.
O réu, Antônio Mariano da Silva Júnior, foi condenado à pena de reclusão por 14 anos e 25 dias, inicialmente em regime fechado. O crime foi cometido contra Gedecy Damaceno Rodrigues Filho, em agosto de 2007, após um desentendimento em um bar. O réu efetuou três disparos de arma de fogo contra a vítima, sendo que deles dois foram executados depois que Genecy Damaceno já estava morto.
O Promotor de Justiça destaca que Antônio Mariano da Silva Júnior é acusado da prática de vários outros crimes, como porte ilegal de arma de fogo, roubo majorado, estelionato e outro homicídio realizado em Brasília (DF). “O acusado trocou tiros com a Polícia do Distrito Federal, além de ter ameaçado a Juíza da Comarca de Parnaguá”, frisa o Promotor Márcio Giorgi. Para a realização do julgamento, foi montada uma forte estrutura de segurança, com designação de policiais, utilização de detector de metais e isolamento da rua do fórum.
Na sentença, a Juíza ressaltou que a garantia da ordem pública deveria ser preservada pela prisão cautelar, já que o réu, depois de marcada a sessão do júri, adentrou no Fórum de Parnaguá com comportamento transtornado, com clara intenção de exercer coação processual. A magistrada determinou a transferência de Antônio Mariano da Silva Júnior para a Unidade de Apoio Prisional (UAP), ao lado da Penitenciária Major César.