A titular da Delegacia de Homicídios, Adriana Ribeiro, que está investigando a morte de um homem de 38 anos na Delegacia de Atendimento à Mulher em Goiânia (Deam), ocorrida neste domingo (1º), disse que será necessário aguardar o laudo cadavérico para saber com certeza a causa da morte do preso, suspeito de sequestrar, agredir e ameaçar de morte a ex-namorada. De acordo com Adriana, o homem teve uma parada cardíaca dentro da cela, logo depois de ter chegado e tomado um banho. ?Pode ter sido em consequência de uma hemorragia, pois ao levar um tiro na panturrilha perdeu muito sangue. Os policiais militares que o capturaram chegaram a informar esse fato ao médico que o atendeu no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). O paciente foi liberado e levado à Deam?, relata.
Segundo a delegada de Homicídios, no Hugo, a vítima teria passado por um clínico geral e depois por um ortopedista, que teria assinado um documento informando que o seu estado de saúde era bom. ?O polical não tira o paciente se ele não estiver em condição de ser autuado?, destaca.
O superintendente-executivo da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Halin Girade, confirmou que o homem de 38 anos deu entrada no Hospital de Urgências de Goiânia na madrugada de domingo (1º). O quadro era de fratura incompleta da perna esquerda (fíbula).
O executivo afirmou que o paciente recebeu alta da área de ortopedia, mas não do hospital. Segundo Halin, quando um médico dá alta de sua especialidade, o paciente é conduzido para outras especialidades até que tenha alta hospitalar. ?Ele deveria estar no hospital. Não havia nenhum documento com alta hospitalar. Ele teve alta do especialista?, declara.
Adriana Ribeiro informou ainda que na Delegacia da Mulher havia dois relatórios médicos do Hugo sobre o preso. Ela afirmou que não viu relatório médico do Instituto Médico Legal (IML), com exame realizado antes da condução do preso para a delegacia.